
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
É importante, numa perspectiva de longo prazo que tanto faz falta ao Brasil na construção de sua história, o ato que instituiu a Política Nacional de Transição Energética (Plante). Claro que nem sempre há garantia de que chegará ao mundo real, com seus efeitos positivos anunciados e celebrados, aquilo que está posto num papel como um conjunto de intenções. Cumpre-nos, como sociedade, manter a vigilância necessária a partir de agora para que as coisas aconteçam de verdade.
O fundamental do plano anunciado é que ele nos oferece um norte e estabelece metas e prazos, o que permite um processo de acompanhamento e de cobrança. O potencial estimado de R$ 2 trilhões em investimento justifica, por si, a necessidade de organizar a ação de Estado para que as coisas aconteçam dentro de uma realidade palpável e num ritmo mais adequado do que esse que tem sido observado, demasiadamente lento e nem sempre resultado de um movimento que pareça organizado.
O plano em si não basta, como nos demonstram os vários exemplos acumulados de frustrações quando se trata de organizar o país, governos e sociedade, para explorar seu imenso potencial distribuindo os ganhos de maneira equânime, sem injustiças ou desequilíbrios. O debate global sobre a transição energética nos encontra bem posicionados, mas, se considerarmos o que aconteceu até agora, nos tem faltado articulação.
O que acaba de ser anunciado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é um primeiro passo que o Brasil dá no sentido de encontrar um posicionamento estratégico em relação à oportunidade que está colocada diante de si. Somos uma potência reconhecida em termos de economia verde, nas áreas de energia limpa e renovável, combustíveis sustentáveis de baixo carbono e de mineração sustentável, um diferencial que a natureza proporciona e que precisamos transformar em benefício efetivo para nossa população.
Uma chance para o Brasil e uma oportunidade ainda maior para o Ceará, que apresenta condições ainda mais vantajosas como player dentro desse novo mundo de possibilidades que está se abrindo. O compromisso de envolver a sociedade na discussão é fundamental, entendemos, para garantir a opção por uma política que faça justiça real e contemple todo o País, ajudando no combate às desigualdades que marcam os momentos de salto que a nossa economia experimenta.
O Nordeste tem totais condições de estar inserido de maneira destacada e a expectativa que temos, mantendo o otimismo com as perspectivas que estão dadas no campo das inovações e da busca por novos modelos energéticos, menos poluentes, mais limpos e aptos a melhorar a qualidade do ar que respiramos. O plano anunciado é o passo inicial, restando-nos esperar que sinalize uma mudança real de postura do governo do Brasil.
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