
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou um crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2024. Uma boa notícia que demonstra, em números, que a economia brasileira vive um momento que permite, sim, manter um otimismo equilibrado em relação às perspectivas de futuro diante de nós. Para analisar a situação respeitando o interesse real da sociedade é fundamental fugir dos vieses políticos, onde se costuma supervalorizar o resultado ou subestimá-lo de acordo apenas com a posição que ostente.
A performance dos últimos três meses, comparada à do ano passado, parece ainda mais expressiva quando se observa que já são 12 períodos consecutivos de indicadores positivos. Ou seja, não é um acaso, mas resultado de uma consistência em relação àquilo está sendo feito, no sentido macro, quase que de uma política de Estado. Destaque-se que uma parte deste período considerado envolve o governo anterior. É a tal previsibilidade que o mercado costuma cobrar como forma de se manter os planos de investimentos.
É importante não olhar apenas para os grandes números e, com isso, deixar de enxergar aspectos localizados que exigem leituras e, eventualmente, medidas de correção, a despeito do contexto geral positivo. Há de se entender as razões de quedas como a registrada no PIB agropecuário, por exemplo, considerando inclusive que tem sido um setor fundamental para manter a economia em padrões positivos nos últimos anos, às vezes até em desacordo com um cenário geral ruim. O IBGE aponta uma retração de 2,3% no setor ,entendendo-se o resultado, de princípio, como fruto de uma antecipação da colheita para o trimestre anterior, mas o caso requer uma análise melhor.
Da mesma forma que os avanços significativos registrados na Indústria, Serviços, no consumo das famílias e na Formação Bruta de Capital Fixo (os investimentos) indicam uma qualidade importante no crescimento. Ou seja, é um crescimento de PIB cujos efeitos se fazem sentir na chamada economia real, chega ao dia-a-dia das casas, beneficia de verdade as famílias e as pessoas
No primeiro semestre, tivemos 2,9% de crescimento, índice expressivo, ainda mais se consideradas as projeções que o mercado fazia e que indicavam resultados bastante abaixo do obtido. Apesar das vozes principais do governo, o presidente Lula e o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, sustentarem, desde o início alertarem que os dados de projeção subestimavam o potencial objetivo das medidas anunciadas com o sentido de criar ânimo na economia e fazer o dinheiro circular. Colhido o resultado da primeira metade do ano, é forçoso reconhecer que Lula e Haddad pareciam estar certos. n
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