
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
Tema com cada vez mais repercussão na atual conjuntura, a saúde mental precisa estar sempre em pauta a fim de se fazer um alerta sobre a importância do assunto, contribuindo, sobretudo, para a prevenção ao suicídio. Quando o nono mês do ano chega, a campanha Setembro Amarelo ganha destaque, contribuindo para que a sociedade possa repensar ações em prol do cuidado com a saúde da mente paralelamente à prevenção de casos de suicídio.
Liderada pela Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina, a campanha Setembro Amarelo começou no Brasil em 2014. Nesta edição, 10 anos após o início, traz como lema "Se precisar, peça ajuda!", junto com diversas ações sendo desenvolvidas por vários órgãos e entidades. Nesta semana, lembra-se também o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, no dia 10, em que se chama a atenção para a conscientização acerca do cuidado com a qualidade de vida e bem-estar.
É certo que o movimento precisa ter ações contínuas, pulverizadas ao longo de todo o ano, visto que o suicídio é um problema de saúde pública. Ao se analisarem os dados, nota-se que, entre os jovens de 15 a 29 anos, essa foi a quarta causa de morte no mundo. A causa ficou atrás de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
Conforme recente pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2019, em todo o mundo são registrados mais de 700 mil suicídios. Não se contam aí os episódios subnotificados. Por isso, estima-se mais de 1 milhão de casos. No Brasil, os registros chegam a 14 mil casos por ano - ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio a cada dia. É um número extremamente lamentável e preocupante, que diz muito da situação em que a sociedade está e como precisa de ajuda.
Faz-se necessário também que as organizações estejam atentas ao quadro de funcionários, observando o estado mental de cada um. Por vezes, não é fácil identificar algumas manifestações que precisam de cuidados. Assim, é fundamental que os espaços sejam lugares acolhedores, que disponibilizem profissionais que trabalhem para que o cuidado com a saúde mental seja priorizado. Uma abordagem técnica e sensível pode fazer a diferença.
O que é inadmissível é que as empresas publiquem frases motivacionais e outros conteúdos alusivos à campanha Setembro Amarelo, mas não se preocupem com o bem-estar e a saúde mental dos seus funcionários, com ações concretas. É válido lembrar que o Brasil é um dos 10 países com mais casos no mundo.
A discussão sobre o suicídio ainda é considerada um assunto tabu em muitas comunidades atuais. Desse modo, para algumas pessoas é constrangedor assumir que precisa de ajuda. Portanto, é preciso que sejam disponibilizados, pelos órgãos públicos, também profissionais e espaços de atendimento para que as pessoas sejam acolhidas. n
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