
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
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O ataque do Hamas, que invadiu o território israelense em uma ação sanguinária sem precedentes, completará um ano no próximo dia 7 de outubro. No ataque, o grupo terrorista matou mais de mil pessoas e fez mais duas centenas de reféns, que ainda se encontram em seu poder, em território palestino. A resposta de Israel foi imediata, deixando praticamente destruída a Faixa de Gaza, resultando em mais de 40 mil mortos, entre eles civis, mulheres e crianças.
Desde o início, a guerra tem nível ascendente, com o fracasso de todas as tentativas de diálogo, propostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) ou mesmo pelos Estados Unidos, o principal apoiador do estado de Israel no Ocidente. Nada parece deter o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, nem mesmo a forte oposição interna, exigindo que o governo negocie a libertação dos reféns, dos quais não se conhece ao menos as condições nas quais estão detidos, mas que devem ser as piores possíveis.
Na troca de bombardeios entre Hezbollah, aliado do Hamas, e Israel, a maioria das vítimas é de civis, no território libanês, somando mais de 500 pessoas atingidas mortalmente. Entre elas, um adolescente brasileiro de 15 anos e seu pai. Por seus ataques generalizados, alvejando indistintamente civis e combatentes — como foi o caso da detonação dos pagers no Líbano e dos ataques contra escolas e hospitais na faixa de Gaza — Israel é acusado de cometer crimes de guerra, assim como o Hamas, segundo inquérito da Organização das Nações Unidas.
A tensão aumentou mais ainda depois que Israel passou a cogitar a possibilidade de invadir, por terra, o sul do Líbano para combater o grupo Hezbollah. Se isso acontecer, especialistas em Oriente Médio temem que a guerra se generalize. Mas até agora não há indicação de que haverá uma solução negociada, ou mesmo uma suspensão temporária do conflito. O governo de Netanyahu rejeitou uma proposta de cessar-fogo de 21 dias com o Hezbollah, sugerida pelos Estados Unidos, França e outros países amigos de Israel.
Em entrevista coletiva em Nova York, onde estava para participar da Assembleia Geral da ONU, Lula criticou duramente a política de Israel. Disse condenar, "de forma veemente", o governo, afirmando ter "certeza" de que a maioria dos israelenses "não concorda com esse genocídio".
A grande maioria dos analistas internacionais, inclusive países aliados de Israel, avalia que a paz somente será possível por meio da diplomacia, com a criação de um Estado palestino, como já dispõem os judeus, desde 1948. Mas essa solução, infelizmente, parece ainda longe.
Nessa conjuntura inquietante, o Brasil já se organiza para evacuar brasileiros no sul do Líbano — onde estão as bases do Hezbollah — como fez na Faixa de Gaza, quando retirou com segurança 150 pessoas da área de conflito, entre brasileiros e seus parentes. n
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