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Dia Mundial do Jornalismo: Escolha a Verdade
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Editorial opinião

Dia Mundial do Jornalismo: Escolha a Verdade

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Tipo Opinião

O POVO alinha-se, neste 28 de setembro, a jornais, do Brasil e do exterior, para comemorar o Dia Mundial do Jornalismo (World News Day). Para marcar a data, o tema selecionado foi Escolha a Verdade (Choose Truth). A campanha é organizada pelo Fórum Mundial de Editores (WEF, na sigla em inglês), entidade ligada à Associação Mundial de Editores de Notícias (WAN-IFRA) e pela Fundação Canadense de Jornalismo (CJF). O tema das atividades foi desenvolvido pelo Projeto Kontinuum, incubadora liderada pelo fundador do Daily Maverick, da África do Sul, Branko Brkic.

O objetivo é destacar o jornalismo baseado em fatos, produzido pela imprensa que leva a sério o seu papel informativo, sendo convidados a apoiar a iniciativa todos os profissionais dos meios de comunicação e apoiadores do jornalismo que respeita a verdade factual. Segundo os coordenadores da campanha, centenas de organizações de notícias, associações de apoio à mídia e cidadãos de mais de 100 países comprometeram-se com esse propósito.

Vive-se em um momento histórico em que cada um pode criar a sua própria verdade em redes sociais, resultando em uma algaravia em que todos falam e ninguém se entende. Se você tem dezenas de verdades, você não tem nenhuma, ou pior, dispõe de um conjunto de mentiras. Assim, o jornalismo baseado em fatos continua como gênero de primeira necessidade, que precisa continuar a ser oferecido para o bem da sociedade e como defesa da democracia. E isso somente pode ser garantido por um jornalismo independente, que respeita os fatos, e que tenha a coragem de escolher a verdade, para o leitor ter condições de fazer o mesmo.

O debate e as opiniões são livres, mas a verdade factual é sagrada, e não pode ficar sujeita a distorções de qualquer ordem. É preciso verificar e contextualizar cada informação, antes de torná-las notícia, pronta para a publicação. E essa tarefa exige a aplicação do método jornalístico, o que somente as redações profissionais estão aptas a fazê-lo, com a experiência acumulada de gerações de jornalistas.

É fato que, em todo o mundo, a imprensa passa por questionamento — muitos deles procedentes —, e que o surgimento dos meios eletrônicos de comunicação, provocaram mudanças radicais no funcionamento das redações e no próprio negócio, que precisou reinventar-se.

Mas, como anota Marcelo Rech, presidente da brasileira Associação Nacional de Jornais (ANJ), em artigo na edição de hoje: "A imprensa não é a solução para todos os dilemas, mas tente imaginar um mundo sem ela. Quem faria a depuração entre fatos e rumores? Quem trataria das mazelas das big techs, e dos riscos que as redes sociais impõem para a estabilidade emocional, política e econômica? Quem exporia o poder de corruptos e autocratas e as ameaças às democracias?"

Pense nisso.

 

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