
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
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Mais uma vez o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu-se para discutir a guerra iniciada depois que o grupo terrorista Hamas invadiu Israel, matando mais de mil pessoas e fazendo outras duas centenas de reféns. Na sequência, o Exército israelense invadiu o território palestino, provocando mais de 40 mil mortes, deixando a Faixa de Gaza em escombros. Desde então, a escalada da violência aumenta a cada dia.
No mais recente capítulo de uma guerra, que já dura um ano, sem que se possa vislumbrar o seu fim, o Irã despejou 180 mísseis sobre o território israelense, após as Forças de Defesa de Israel (FDI) terem desfechado ataques aéreos no Líbano para matar líderes do Hezbollah, grupo que apoia o Hamas. Na sequência, as FDI invadiram o sul do Líbano, por terra.
No encontro de ontem do Conselho de Segurança, o embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, disse que o ataque a Israel foi uma "ação proporcional de autodefesa". Portanto, segundo ele, não teria havido violação de acordos e tratados de guerra. Por sua vez, o representante de Tel Aviv, Danny Danon, garantiu que a resposta será "precisa e dolorosa". Para o embaixador libanês, a região está "pegando fogo", em direção a uma guerra regional.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, prometeu "vingança", avisando que "não há lugar no Oriente Médio fora do alcance de Israel", ameaçando com a extensão do conflito. Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, alertou que seu governo vai "responsabilizar" países aliados de Israel que ajudaram a bloquear seus mísseis.
O Irã lidera o chamado "eixo da resistência", que inclui a Síria, e grupos armados financiados por Teerã, como o Hezbolla (libanês), Hamas (palestino), os rebeldes houthis (Iêmen) e milícias xiitas no Iraque, Afeganistão e Paquistão. Esses grupos são marcadamente anti-Estados Unidos e anti-Israel.
No meio desse campo minado, enquanto a guerra se alastra, a ONU se mostra impotente para superar esse terrível impasse, limitando-se a emitir declarações que caem no vazio. O Conselho de Segurança já se reuniu por várias vezes durante o conflito, sem chegar a conclusão alguma. Na reunião de ontem também não se vislumbrou nenhuma saída.
Na terça-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, havia condenado a "ampliação do conflito no Oriente Médio, com escalada após escalada". "Precisamos absolutamente de um cessar-fogo", disse ele. O governo israelense declarou Guterres "persona non grata", proibindo a sua entrada no país.
A insensatez que permeia o conflito parece toldar o entendimento do que é bastante óbvio: não haverá vitoriosos nesta guerra, ainda que Israel tenha uma vitória militar, pois a origem do problema permanecerá. A segurança para esses povos somente será possível com a solução de dois estados, com palestinos e israelenses convivendo com a paz possível. n
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