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UM DIREITO INALIENÁVEL E INTRANSFERÍVEL
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Editorial opinião

UM DIREITO INALIENÁVEL E INTRANSFERÍVEL

No dia de hoje, é o eleitor e a urna. Cada um deve manifestar sua escolha de acordo com suas convicções e, claro, cotejando-as com tudo aquilo que foi dito, ou omitido, durante uma campanha eleitoral que arrasta-se desde o dia 15 de agosto em sua fase oficial, sem contar os movimentos legítimos de partidos e grupos políticos que antecederam as escolhas definitivas de nomes e alianças.

A decisão que estaremos tomando como sociedade, município a município, colocará em perspectiva os próximos quatro anos do local onde moramos e isso precisa estar no centro da compreensão de cada um. Claro que há muitas razões de crítica pela falta de prioridade maior nos debates de campanha para os temas que dizem respeito ao cotidiano concreto das pessoas, aquela realidade com a qual cada um se defronta quando sai às ruas ou quando abre a janela de sua casa.

No entanto, fundamental é que cada um faça sua escolha de maneira consciente, valendo-se de um direito garantido pelas condições seguras em que se dá o exercício do voto em nosso País. Por mais que movimentos recentes tentem criar dúvidas acerca de um sistema que, ao contrário dos ataques sistemáticos e organizados feitos contra ele, estabeleceram um modelo que, para além de sua funcionalidade reconhecida, preserva em todos os aspectos o interesse manifesto pelo eleitorado, no seu conjunto.

O ano de 2024 não deixa como marca uma campanha eleitoral tranquila, infelizmente. No País todo, segundo levantamento feito pelo Observatório da Violência Política e Eleitoral, núcleo de estudos e pesquisas vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), registraram-se 455 ocorrências no período entre 1º de julho e 17 de setembro. Pelo menos 16 deles teriam acontecido no Ceará. Um número, apesar de assustador, que representa uma estatística geral ainda incompleta, porque exclui do cálculo um período expressivo e, pior, aquele que concentra, em muitos casos, os momentos mais tensos da disputa por cargos públicos.

Um cenário que preocupa e que deve nos mobilizar, passada a eleição, na perspectiva de entender as causas e começar a combatê-las desde logo. Não devemos esperar que a próxima temporada eleitoral chegue para discutir o que aconteceu, parecendo recomendável que se comece agora a busca pelos meios que permitam enfrentar um quadro crítico que tende a se repetir em oportunidades futuras.

Para a data de hoje, importante é reforçar o apelo ao eleitor para que, manifestando-se pelo voto, faça o que considerar certo a partir do que sua consciência determine, deixando para trás as influências, o que dizem e querem líderes, amigos ou parentes, além de quaisquer outros fatores que tentem tirar dele o poder que apenas a ele pertence. É uma decisão que não pode, nem deve, ser transferido. n

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