
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
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O terceiro voo está sendo preparado e brasileiros começam a ser convocados pela Força Aérea Brasileira (FAB) para entrar na lista de repatriados do Líbano. A Operação Raízes do Cedro já trouxe 455 pessoas, que corriam risco de vida, devido a bombardeios israelenses no território do país árabe.
A organização cabe ao Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, e à embaixada do Brasil em Beirute, com ação operacional da FAB. Cerca de 20 mil brasileiros vivem no Líbano; em torno de três mil pretendem deixar o país para voltar ao Brasil. Os voos também estão trazendo os animais de estimação das famílias, um fator de conforto psicológico, principalmente para as crianças.
A movimentação atual do governo brasileiro repete o compromisso da Operação Voltando em Paz, que resgatou mais de 1.500 brasileiros da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, devido à invasão de Israel ao território palestino, depois de iniciada a guerra provocada um ataque terrorista do Hamas, em solo israelense, assassinando mais de mil pessoas. A resposta de Israel matou mais de 40 mil palestinos, deixando em escombros a Faixa de Gaza.
O conflito entrou em uma escalada crescente de violência, com o Exército israelense estendendo a guerra para o território libanês, depois que o grupo Hezbollah, aliado do Hamas, lançou mísseis para atingir Israel. As forças de segurança do país hebreu faz ataques para atingir líderes do Hezbollah, mas os bombardeios já mataram mais de mil libaneses, segundo informações do país árabe.
O fato é que o maior sofrimento recai sobre as populações civis, que deveriam ser poupadas, por quaisquer critérios que se observem, inclusive as leis de guerra, que mandam diferenciar entre combatentes e civis, requisitos não observados pelo governo israelense. Assim, ganha mais importância a ação brasileira para retirar seus cidadãos das áreas de conflito. A ação militar israelense atinge áreas densamente povoadas, inclusive nas cercanias do aeroporto libanês em Beirute.
Ao receber o primeiro grupo, na Base Aérea de Guarulhos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que serão repatriados todos os brasileiros que fizerem o pedido. Ele fez também duras críticas ao governo israelense. Para o presidente, os confrontos com o Hamas e com o Hezbollah fazem parte da estratégia do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de continuar no poder. De fato, o primeiro-ministro faz ouvidos de mercador aos apelos insistente, inclusive de seu principal aliado, os Estados Unidos, por um cessar-fogo na região. Ontem, ele ameaçou com uma "longa guerra" para levar a destruição do Líbano "como vemos em Gaza".
O pior é que todas as análises a respeito do conflito indicam o seu recrudescimento, e o temor é que a guerra chegue a outros países do Oriente Médio. Enquanto isso, resta ao governo brasileiro, como vem fazendo, trazer de volta para casa os brasileiros que correm perigo na região. n
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