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Transição republicana
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Editorial opinião

Transição republicana

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O prefeito José Sarto (PDT) manifestou uma posição republicana e democrática, em sua primeira aparição pública após ficar fora do segundo turno das eleições municipais. Ele garantiu que até o fim de seu mandato, em dezembro, concluirá as obras do hospital Gonzaguinha de Messejana, o espigão da praia do Poço da Draga, a urbanização da praia do Titanzinho, e o "piscinão" para prevenir enchentes na avenida Heráclito Graça. Ele ainda informou que outras obras em andamento chegarão ao fim de seu mandato com mais de 90% de execução.

Sarto ainda fez um apelo ao seu sucessor, que será conhecido no dia 27/10, após a conclusão do segundo turno eleitoral, para dar continuidade às obras ainda por concluir. O prefeito lembrou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada para o ano de 2025, tem reserva de R$ 1,1 bilhão previsto para investimentos.

O governador Elmano de Freitas (PT) havia feito pronunciamento no mesmo sentido, um dia após o encerramento do primeiro turno, quando disse que convocará uma reunião com todos os prefeitos eleitos, prometendo uma "relação absolutamente institucional", com cada um, da situação ou da oposição. "Quando tivermos toda a definição das eleições, eu vou me reunir com os 184 prefeitos e prefeitas do Ceará, porque eu sou o governador de todos os cearenses, independente de quem é o prefeito".

É importante também registrar, que em entrevista exclusiva ao jornalista Jocélio Leal, na rádio O POVO CBN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez exortação no mesmo sentido. Ele disse que não haverá solução de continuidade nos repasses de recursos às prefeituras. "O fato do prefeito não ser do PT, ser do PSD, ser do PMDB, para mim não faz nenhuma diferença. Eu vou tratar com o respeito que tenho pelo mandato que ele adquiriu, e vou tratar com respeito ao povo. Sempre foi assim e continuará sendo assim."

A manifestação desses três líderes mostra que a política pode, e deve, ser exercida com espírito público, e que os interesses da população estão acima da rivalidade entre grupos ideológicos. As disputas fazem parte da atividade política, mas a polarização que atingiu o Brasil nos últimos anos, escalou de tal forma que impede o diálogo e a tolerância, que deveriam ser a base para a criação de um ambiente de civilidade, no qual as divergências possam ser aplainadas.

É preciso que, cada vez mais, os mandatários — nos cargos legislativos ou executivos —, tenham consciência de que um dos objetivos da política é evitar conflagrações, pois seu papel é regular os conflitos sociais e buscar o bem comum. Assim, que as palavras do prefeito José Sarto, do governador Elmano de Freitas e do presidente Lula, se transformem em atos concretos, e que o exemplo se espalhe entre todos os que militam na política.

 

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