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O novo prefeito e os compromissos com Fortaleza
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Editorial opinião

O novo prefeito e os compromissos com Fortaleza

Com a votação de ontem, encerrou-se o período eleitoral 2024, que elegeu prefeitos e vereadores em todas as cidades brasileiras. Mas os partidos políticos, todos eles, participaram desse pleito fazendo cálculos para as eleições presidenciais, daqui a dois anos. Pode parecer uma data distante, mas o tempo da política é um pouco diferente da cronologia que rege outros setores da vida em sociedade. Da mesma forma que as campanhas sofreram essa influência, o mesmo se pode dizer das próximas administrações municipais, independentemente do partido que assumirá a chefia do executivo municipal.

Em Fortaleza, venceu o candidato Evandro Leitão (PT), com uma coligação de sete partidos, representando a continuidade de um grupo hegemônico na política estadual. A vitória de Evandro sobre seu oponente André Fernandes (PL), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, deu-se por uma margem apertada de votos, diferença de apenas 10.800 sufrágios em um universo de 1.421.428 votos válidos. A eleição nacionalizou-se, por insistência do PT, que apostou na alta rejeição de Bolsonaro em Fortaleza — e também devido às disputas internas do PDT, que se dividiu no apoio aos candidatos.

Em Caucaia, a outra cidade do Ceará em que houve segundo turno, o candidato do PT, Waldemir Catanho, foi derrotado por Naumi Amorim (PSD), sendo que ambos os partidos são da base do governo federal.

Em todo o País, como já identificaram analistas políticos — com reconhecimento até por segmentos da esquerda —, houve crescimento da direita e da centro-direita. Esse fato é observável pela quantidade de prefeitos eleitos por esse segmento, que supera em muito o número de vitórias obtidas pela esquerda. Representantes desses setores direitistas já se movimentam para formar uma frente desses segmentos para enfrentar o PT em 2026, que, considerando as circunstâncias atuais, projeta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à reeleição.

Voltando a Fortaleza, é preciso agora manter a vigilância para verificar se os compromissos do prefeito eleito serão mesmo levados à frente. Principalmente o mantra, repetido à exaustão durante a campanha, que o alinhamento dos governos federal, estadual e municipal, todos da mesma corrente política, traria mais benefícios para Fortaleza. As tarefas a realizar são muitas, principalmente as que dizem respeito aos setores mais vulneráveis da população.

No mais, é preciso destacar a tranquilidade com que transcorreram as eleições, sem nenhuma intercorrência grave, considerando-se todo o País. E, até agora, sem contestação dos resultados, nem mesmo de antigos críticos das urnas eletrônicas, usadas desde 1996. Esse meio firma-se, definitivamente, como a melhor forma de coletar e contar votos, por sua segurança, rapidez e confiabilidade. n

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