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O Enem como ferramenta democrática
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Editorial opinião

O Enem como ferramenta democrática

Tendo por base a equidade na seleção, o Enem, se comparado a outras formas de ingresso ao ensino universitário, tem uma articulação bem mais forte com as políticas de cota e apoio social

Começam neste domingo as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o Brasil. Serão realizadas neste dia 3 de novembro as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol); Ciências Humanas e suas Tecnologias (45 questões). No próximo domingo, dia 10, será a vez de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (45 questões); Matemática e suas Tecnologias (45 questões).

Considerado a principal porta de entrada para o ensino superior no País, o Exame representa uma ferramenta relevante de democratização do acesso à educação superior. O teste avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e é um meio de ingresso à educação superior no Brasil a partir do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Nesta edição, o estado do Ceará registrou um número expressivo de candidatos inscritos. São 279.054 estudantes, conforme informou o Ministério da Educação (MEC). Ainda segundo o MEC, houve 4.325.960 inscrições para o Exame em 2024, quantidade que superou as últimas edições. Esse número não inclui os candidatos do Rio Grande do Sul, visto que o estado teve inscrições adiadas por causa das grandes enchentes entre abril e maio deste ano.

Os participantes poderão conferir o gabarito oficial no dia 20 de novembro. A previsão é de que os resultados sejam divulgados em 2025, no dia 13 de janeiro.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a operação de produção e realização do Enem envolve cerca de 500 mil pessoas. Com uma logística considerada complexa, o Exame começa a ser preparado antes do fim da edição anterior. Outros números chamam a atenção: são 1.753 municípios de aplicação, 10 mil locais de prova, mais de 300 milhões de páginas impressas e mais de 500 mil colaboradores envolvidos.

É válido destacar que, em alguns estados, como o Ceará, o número de concluintes do ensino médio que participam do Exame é expressivamente superior à média nacional. Isso reforça a relevância do Enem como mecanismo fundamental para o acesso a uma graduação. Além disso, o Enem gera impactos sociais profundos, fazendo com os estudantes permaneçam em suas cidades ou em áreas próximas, o que contribui para o desenvolvimento econômico e social da região.

Tendo por base a equidade na seleção, o Enem, se comparado a outras formas de ingresso ao ensino universitário, tem uma articulação bem mais forte com as políticas de cota e apoio social. É crucial atestar que a prova contribui, de forma significativa, para a construção de um sistema educacional mais acessível e igualitário. Que as provas destes domingos sejam mais um exemplo desse modelo democrático.

 

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