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Brasil livre de sarampo
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Editorial opinião

Brasil livre de sarampo

O Brasil conquistou, depois de cinco anos, a condição de país livre de sarampo. Em 2016, o País havia alcançado esse status, mas em 2018 as baixas coberturas vacinais facilitaram a reintrodução do vírus. Na terça-feira, a Organização Pan-Americana de Saúde entregou a certificação de país livre de sarampo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra da Saúde, Nísia Trindade. Mas é preciso ficar vigilante, pois o vírus continua a circular em outras regiões do mundo, mantendo o risco de reintrodução da doença.

É sempre bom lembrar, como adverte o Ministério da Saúde, que o sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, afetando principalmente as crianças. A moléstia acarreta consequências graves, como diarreia intensa, infecções de ouvido, cegueira, pneumonia e encefalite. Algumas dessas complicações podem ser fatais.

Depois de um período turbulento e de muitas informações falsas sobre vacinas, com o objetivo de descredibilizá-las, é crescente o número de pessoas que recuperaram a confiança nos programas de imunização, que voltaram a ser implementados no governo Lula.

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgados, em julho, mostram que o Brasil saiu da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas, na qual se encontrava em 7º lugar. O Brasil ganhou destaque, mesmo após enfrentar quedas consecutivas nas coberturas vacinais desde 2016. O documento da OMS/Unicef mostra que aumenta o número de crianças vacinadas nos principais imunizantes. Além disso, as vacinas foram responsáveis pela erradicação da varíola, o controle da poliomielite e da síndrome da rubéola congênita.

Outra notícia positiva sobre vacinação refere-se à cidade de Fortaleza, que imunizou 86% das crianças até cinco anos contra a hepatite A, entre janeiro e outubro deste ano. É um aumento de 21% ante os 12 meses de 2023. Mesmo assim, ainda abaixo da meta recomendada, de 95% das crianças imunizadas.

O trabalho para a reconquista da confiança nas vacinas partiu tanto do governo federal, com a reconstrução do Programa Nacional de Imunizações (PNI), quanto da imprensa e setores da sociedade, que se engajaram na campanha para reverter a queda na vacinação, cujo resultado se observa agora.

De qualquer forma, informações falsas sobre as vacinas continuam preocupando médicos e cientistas, que apontam o grande impacto que as fake news causam nas pessoas, levando-as a uma desconfiança irrefletida e perigosa. Por isso são importantes as campanhas de esclarecimento, para fazer com que, cada vez mais as crianças, e também adultos, recebam a vacina, conforme a prescrição, para que fiquem livres de doenças evitáveis. n

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