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Um ano do pastoreio de dom Gregório
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Editorial opinião

Um ano do pastoreio de dom Gregório

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Há exatamente um ano, em 15 de dezembro de 2023, dom Gregório Ben Lâmed Paixão tomava posse como arcebispo de Fortaleza. Foi um tempo marcante de transição para a Capital, que, por quase 25 anos, teve o pastoreio de dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, hoje arcebispo emérito.

O sergipano dom Gregório, que estava há 11 anos como bispo da Diocese de Petrópolis (RJ), chegou a Fortaleza "totalmente desejoso de conhecer o novo", como disse, à época, em entrevista ao O POVO. Desde então, a agenda de compromissos oficiais de dom Gregório, publicada mensalmente pelos canais de divulgação da Arquidiocese, inclui a presidência de celebrações por todas as Regiões Episcopais da Arquidiocese de Fortaleza, audiências, reuniões e compromissos em hospitais e outras instituições. Tem sido um tempo agitado de conhecimento da região e dos desejos de um povo que também anseia pela novidade.

Neste primeiro ano, dom Gregório tem conhecido mais a realidade local e se familiarizado com os fiéis e com a sociedade cearense. Tem sido presente em muitas comunidades também do Interior do Estado e em áreas mais vulneráveis da Capital. É bem acolhido por onde passa e tem retribuído de forma afetuosa e simpática, com um habitual sorriso que tem se tornado uma de suas marcas notáveis de cordiais boas-vindas.

Tem feito o que sempre repetia em suas entrevistas ao chegar a Fortaleza: estar onde as pessoas estão. Em sua missão de evangelizar, é constante sua ação humanizada mais próxima das causas sociais no combate à miséria, prezando pelo diálogo entre os diferentes setores.

Agora, passado o momento de conhecimento inicial do rebanho local, espera-se que esta união entre os vários segmentos se fortaleça. A Igreja é uma mediadora fundamental no enfrentamento aos desafios regionais. Habitualmente respeitada nas comunidades, é uma porta-voz das necessidades sociais e pode ser uma forte intercessora na cobrança de responsabilidades.

Dom Gregório tem sido conhecido também por usar parte das homilias para contar histórias com alguma lição ao fim. Os minicontos do arcebispo têm personagens variados - humanos ou animais -, os quais, por meio de metáforas, após um enredo com descrição minuciosa de elementos, apresentam um ensinamento aos fiéis. Ora lúdicas, ora dramáticas, as histórias sempre chamam a atenção e, por vezes, resultam em risos da assembleia, sendo posteriormente publicadas em redes sociais das comunidades religiosas.

É uma forma moderna e simples de evangelização, que se faz popular ao se aproximar de uma gente que quer conectar-se com o espiritual de alguma maneira. A exemplo do que fazia Jesus Cristo com suas parábolas, dom Gregório usa as "historinhas", como ele as chama, para transmitir lições espirituais. O que seria um ensinamento complexo, que talvez não comunicaria em determinados contextos, se torna uma situação mais próxima dos cenários em que a Igreja está inserida. Com narrativas breves cheias de alegorias e metáforas simples, o arcebispo tem mostrado que há muitos caminhos possíveis de a Igreja estar mais próxima do povo.

Que a missão evangelizadora de dom Gregório continue frutífera na Arquidiocese de Fortaleza, visando ao bem-estar social e à preocupação com os mais vulneráveis.. n

 

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