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A crise no serviço de alimentação no IJF
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Editorial opinião

A crise no serviço de alimentação no IJF

Mais um capítulo preocupante está em curso diante da situação de extrema atenção que vive o Instituto Doutor José Frota (IJF). Na semana que passou, O POVO publicou matéria sobre uma dívida milionária que o hospital deve a uma empresa que presta serviços de alimentação aos pacientes e aos servidores. A assessoria jurídica da empresa CRS Eventos e Serviços de Alimentos LTDA afirma que o IJF deve R$ 3 milhões referentes ao pagamento de serviços de alimentação.

De acordo com a empresa, o acúmulo da dívida a situação ficou "insustentável", e o fornecimento foi suspenso. Conforme relatos, as refeições não foram servidas em um dia. Nesse mesmo dia, funcionários fizeram paralisação de alguns serviços por causa da falta de alimentação. Diante desse cenário, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) pediu que a Prefeitura de Fortaleza tomasse providências para solucionar falhas no fornecimento de alimentação.

O momento exige um cuidado maior e primeiro ao paciente que é atendido no IJF. Sabe-se que a situação do hospital tem, ao longo dos anos, exigido uma preocupação mais intensa, visto que o número de casos acolhidos na instituição é alto. Deve-se ter um zelo extremo com as pessoas, pois elas só procuram o local em casos sensíveis, como em momentos críticos relacionados à saúde. É nesses períodos em que a atenção com a gente deve ser redobrada. Falhar na alimentação em um cenário desses é aumentar a dor do paciente que procura por ajuda. Isso não deve ser uma opção.

Além disso, há de se reforçar o cuidado também com os profissionais de saúde, que vivem uma rotina movimentada e de muito estresse e preocupações constantes. Fornecer uma alimentação adequada a esses trabalhadores é uma condição mínima de recompensá-los por um serviço cansativo.

Desse modo, o MPCE pediu esclarecimentos para a Secretaria Municipal da Saúde da Fortaleza (SMS) acerca dos motivos do problema, quais empresas são responsáveis pelo fornecimento, quais os contratos firmados, qual é o detalhamento das possíveis dívidas com os fornecedores e quais são as medidas adotadas para resolver a situação.

O advogado da empresa CRS Eventos e Serviços de Alimentos LTDA, Samuel Ferreira, afirmou ao O POVO que a empresa "detém desde 2021 contrato oriundo de processo licitatório regular e sempre prestou os serviços de forma assídua, cumprindo integralmente as exigências do termo de referência, apesar de o IJF sempre ter atrasado os pagamentos".

A SMS informou, por nota, que a coordenação da força-tarefa, instituída para avançar na regularização do fornecimento de insumos e serviços ao IJF, "está em contato com a empresa responsável pela entrega de refeições ao hospital".

Espera-se que este lamentável episódio seja sanado com brevidade, evitando que pacientes e funcionários passem por mais um constrangimento dentro do IJF.. n

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