
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
Este período festivo do Natal deixa toda a cidade diferente e parece convidar cada um à reflexão. Próximo daquela que é uma das festas mais importantes para o cristianismo, o tempo é oportuno para a confraternização, para a partilha dos bons votos e para a comunhão em harmonia com as pessoas queridas. Mesmo os não cristãos se envolvem com o sentimento de afeto coletivo, tão típico deste tempo.
É louvável presenciar como as atitudes se tornam mais caridosas e leves, em grande parte. Em sua essência, o Natal é a celebração do nascimento de Jesus Cristo, um homem que virou símbolo da humildade, da simplicidade e do exemplo de amor com os demais. E todo esse significado é capaz de reunir famílias em uma noite, aproximar amigos em confraternizações e amainar sentimentos ásperos.
É preciso, no entanto, alargar nossos pensamentos para não restringir as boas ações a apenas um período específico. No início deste mês de dezembro, na tradicional inauguração do presépio e da árvore de Natal na Praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco chamou atenção para uma mensagem tão importante quanto necessária, um chamamento à paz: "Com lágrimas nos olhos, elevamos nossa oração pela paz. Irmãos e irmãs, chega de guerras, chega de violência! Vocês sabiam que um dos investimentos mais lucrativos é na fábrica de armas? Lucrar por matar, mas por quê? Chega de guerras! Que haja paz em todo o mundo e para todas as pessoas, a quem Deus ama!".
Sabe-se que não tem sido fácil responder a esses apelos do papa. As guerras que ainda persistem pelo mundo são prova disso junto das batalhas locais que cada comunidade precisa enfrentar - do mal da miséria vista dia a dia nas ruas à insegurança que afeta a todos a cada vez que se sai de casa.
Na última semana, em reunião com os cardeais e os superiores da Cúria Romana, o papa pediu que cultivem a "humildade" e que neste caminho possam "analisar primeiro a sua consciência" antes de "dizer mal".
Em discurso publicado pela Sala de imprensa da Santa Sé, Francisco sugeriu o trabalho "cotidiano e escondido" como capaz de "levar a bênção de Deus ao mundo" mas pediu coerência: "Não podemos escrever bênçãos e depois falar mal do nosso irmão ou irmã, isso estraga a bênção. Eis o meu desejo: que o Senhor, nascido para nós na humildade, nos ajude a sermos sempre mulheres e homens decentes".
É essa decência que se espera dos religiosos que se doam por uma causa escolhida, dos políticos que são eleitos pelos anseios da população, dos governantes que são escolhidos para ajudar a mitigar as injustiças sociais e de cada um de nós, que deveria ser levado sempre a agir pelo bem - principalmente no Natal, mas não só.
Que as boas ações deste período serenizem as dores da modernidade e nos confortem com a alegria dos novos começos. Ao você, leitor, O POVO deseja um Natal de harmonia e de união, junto das pessoas queridas, reunindo forças e celebrando o bem. n
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