O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
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Relatório da Confederação Nacional de Municípios (CNM) constatou a falta de vacinas em 65,8% dos municípios pesquisados no País. O estudo foi realizada pela CNM em 2.895 municípios em todo o Brasil, entre os dias 29 de novembro e 12 de dezembro.
Da amostragem, 52,4% dos municípios (1.516) relataram não existir estoque da proteção contra a varicela (catapora). Depois, o imunizante que mais faltava era o da Covid-19 para adultos. Essa vacina não constava do estoque de 25,4% dos municípios (736), com média de 45 dias sem disponibilidade. Em seguida, 520 municípios (18%) apontaram a falta de doses da DTP, que combate a difteria, o tétano e a coqueluche. O imunizante já não existia nos estoques dessas cidades, em média, há 60 dias.
Santa Catarina lidera a escassez de vacinas, com falta em 199 dos 230 Municípios pesquisados (87%). Em segundo lugar estão os municípios cearenses, com 86% (51 dos 59 respondentes). Em seguida, aparece o Espírito Santo, com 84% (38 dos 45 respondentes).
O Ministério da Saúde (MS) é o responsável pela compra das vacinas, oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É importante lembrar que neste ano houve um preocupante aumento do caso de Covid-19 em vários estados, inclusive no Ceará.
Boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em 19 de dezembro, chama a atenção para o aumento do número de pessoas atingidas pela síndrome respiratória aguda grave (SRAG) associados à Covid-19 em alguns estados. Segundo a Fiocruz, o Ceará mantém o cenário de crescimento, já apontado anteriormente. Em outros estados, há indicativos de aumento do número de casos de SRAG entre os idosos.
Em nota oficial, emitida no dia 27/12, o Ministério da Saúde garantiu que "os estoques de vacinas no país estão abastecidos", afirmando ter atendido "todas as solicitações" de imunizantes feitas pelos Estados. Mas, no mês de novembro, frente às queixas de algumas unidades da federação sobre a falta de vacina, o MS justificou o problema devido a "desafios momentâneos na distribuição de algumas vacinas", que teria sido ocasionado por problemas com fornecedores e a limitada produção global.
A falta de vacinas vai agravar um quadro que já se mostra difícil. Como alerta o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, "a primeira semana de dezembro teve aumento de 60% no número de notificações de Covid no Brasil", sendo o maior número desde março de 2024, com 20.287 casos.
Existe discrepância entre o que diz o MS e o que mostram levantamentos, que apontam para a falta de imunizantes, o que exige mais explicações do Ministério da Saúde sobre o assunto. O primeiro passo para superar um problema é ter informações objetivas sobre o que, de fato, está acontecendo. n
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