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O POVO mais perto dos 100 anos
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Editorial opinião

O POVO mais perto dos 100 anos

Os 97 anos do O POVO, que se completam hoje, apontam para o centenário de uma instituição comprometida com a liberdade e com o Estado democrático de Direito. Nesses anos todos, frente a todas as dificuldades que surgiram pelo caminho, desistir nunca foi uma opção. Este jornal não recua diante das adversidades e superou todos os obstáculos com resiliência e ousadia. O que continuará fazendo.

Como escreveu o fundador, Demócrito Rocha, em sua coluna "Notas do Dia", logo no início dessa longa jornada, somente uma coisa poderia acovardá-lo como jornalista: "A certeza de haver cometido uma injustiça". Essa promessa permeou toda a cultura do jornal, que sempre se caracterizou pela pluralidade, abrindo espaço para as mais diversas manifestações políticas, ideológicas e culturais.

Em seu período na presidência do O POVO (1985-2008), Demócrito Dummar, responsável pela renovação do jornal na década de 1980, manteve os fundamentos que orientaram a fundação deste periódico. Ele deixou registradas palavras que reafirmam os compromissos desta casa de notícias.

"Somos resistentes. Não desistimos nunca, em que pesem as dificuldades que têm sacudido nossas conjunturas econômicas e políticas. Para não sermos levados pelos ventos, tomamos uma decisão bem clara desde o início da nossa trajetória: a de nunca sermos neutros diante das questões fundamentais que interpelam o direito, a razão e a verdade, sobretudo os direitos fundamentais, que dão substância às instituições políticas e cidadãs da democracia".

Foi esse lastro que possibilitou ao jornal olhar adiante, integrando-se rapidamente à era digital, mantendo os seus princípios éticos e o respeito ao leitor. As novas tecnologias em nada mudam os fundamentos do jornalismo, que tem como alicerce o respeito à verdade factual, ao mesmo tempo, em que acolhe a diversidade do pensamento. É isso que permite ao leitor manter o contato com os fatos, de forma contextualizada, contribuindo para que ele chegue às suas próprias conclusões.

As chamadas "fake news", que circulam em profusão pelas redes sociais, tornam cada vez mais necessário o jornalismo profissional, para isolar a mentira, separando o falso do verdadeiro, fazendo a informação circular em sua integralidade.

Ao mesmo tempo, é preciso salientar que esses novos meios não devem ser desprezados, como se fossem um mal em si. Essas plataformas são apenas um novo meio de difusão de informações, que podem ser mal ou bem utilizadas.

Mas é preciso reconhecer que as mudanças são cada vez mais rápidas e profundas, impactando os meios de comunicação. É o caso da inteligência artificial, que apresenta grandes benefícios, acompanhados de muitas preocupações. Mas nada que assuste um jornal que superou todos os obstáculos nos seus 97 anos e persistirá fazendo até os seus 100 anos. E depois. n

 

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