
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2024) confirma o acerto das políticas educacionais implementadas no Ceará, que apresentam resultados consistentes nos diversos sistemas que avaliam a educação no Brasil. E o Enem, uma política para todo o Brasil, é também um caso de sucesso.
Como mostrou reportagem publicada na edição de ontem, o Ceará destacou-se no Enem com o maior número de redações com nota a partir de 980 pontos, considerando-se estudantes das escolas públicas. Foram 32 provas dissertativas que alcançaram esse resultado. Levando-se em conta instituições públicas e privadas, o Ceará alcançou 200 resultados com esse desempenho.
Além disso, somente 12 alunos, entre os 3,18 milhões que realizaram a prova, tiraram nota mil na redação, entre eles um estudante do Ceará. As outras unidades da federação com nota máxima são: Minas Gerais e Rio de Janeiro, com dois estudantes; e Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Grande do Norte e São Paulo, com um aluno.
Na apresentação dos resultados do Enem, o ministro da Educação, Camilo Santana, atribuiu a maior participação de estudantes no terceiro ano do ensino médio, que saltou de 58% na edição anterior para 94% em 2024, ao programa Pé-de-Meia, que paga uma parcela extra a quem realiza a prova do Enem.
Ele também destacou o "aumento significativo" na média geral. Em 2023 a média foi 543, subindo para 546 pontos em 2024. Para Camilo, o saldo é positivo, pois, quando aumenta o número de alunos, consequentemente há uma tendência de reduzir a média", tendo ocorrido o inverso. O ministro disse que contribui para esses resultados positivos, tanto no aumento de inscrições, quanto no avanço da média das notas, ao "esforço das redes estaduais" de educação.
Criado na década de 1990, na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, o Enem tornou-se um dos principais programas do Brasil na área educacional.
A sua evolução ao longo dos anos mostra como é significativa a persistência em programas importantes, que devem ser considerados política de Estado. Felizmente os governos que se seguiram, à exclusão de solavancos na presidência de Jair Bolsonaro, desenvolveram essa compreensão, mantendo o Enem.
A prova tornou-se, a principal porta de acesso à universidade, permitindo a participação de jovens de todo o Brasil, que não tinham essa oportunidade na era pré-Enem. Com outros programas, como o Fies (financiamento estudantil) e o ProUni (bolsas de estudo para estudantes de baixa renda), operou-se uma democratização do acesso ao ensino superior.
Camilo revelou ainda que neste ano será lançado um prêmio para reconhecer os esforços para melhoria da educação básica nos estados, municípios e nas escolas. É uma iniciativa bem-vinda, porém, o mais importante é que os governos, nos três níveis, tenham a educação como prioridade no País.
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