
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O assunto pode parecer repetitivo, mas é incontornável, porque o problema ressurge, assim que se inicia a quadra chuvosa, o "inverno" cearense.
Transbordamento de córregos e bueiros, enchentes, alagamentos; residências invadidas pelas águas contaminadas, moradores desabrigados — e o consequente aumento das doenças hídricas.
Acrescente-se o agravamento das dificuldades corriqueiras, como a péssima malha asfáltica, buracos nas vias e a queda de energia, provocando o desligamento dos semáforos, aumentando o caos no trânsito.
Mais uma vez os fortalezenses passaram por essa situação, devido às chuvas que atingiram a capital entre terça-feira e a manhã de ontem. A Defesa Civil informa que foram atendidas cinco ocorrências no período, com desabamentos e alagamentos em cinco diferentes bairros da cidade.
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), esse foi o maior volume acumulado de chuvas registrado em Fortaleza neste início de ano, com 132 mm. A Funceme informa que a previsão para a quadra chuvosa deste ano, para todo o Estado, será divulgada em 21 de janeiro; mas que a tendência para a capital e região metropolitana de Fortaleza é de quadra chuvosa entre normal e acima da média.
Os problemas causados pela chuva são antigos em Fortaleza, mas não se pode ainda cobrar providências definitivas do prefeito Evandro Leitão (PT), que assumiu a prefeitura de Fortaleza em 1º de janeiro. E, segundo ele, encontrando um quadro de penúria no município, com dívida de R$ 60 milhões.
Entretanto, é legítimo pedir urgência nas providências já anunciadas pela Prefeitura, como a criação de um comitê para coordenar ações preventivas e prestar assistência à população atingida, principalmente das 89 áreas de risco existentes na cidade.
Outra ação já iniciada é o mutirão de limpeza, com a participação de 550 agentes. O objetivo principal é limpar ruas, canais e mananciais, que cortam a cidade, facilitando o escoamento das águas.
O governo do Estado, que entra no terceiro ano do mandato, também divulgou projetos, por meio da Secretaria das Cidades, para minimizar as adversidades causadas pela quadra chuvosa. Entre eles, a "recuperação sócio-ambiental" dos rios Cocó e Maranguapinho, com a promessa de melhorar as condições de vida das famílias que residem na faixa de alagamento desses rios. Com o mesmo propósito, a secretaria informa que trabalha na urbanização da Comunidade do Dendê, no Bairro Edson Queiroz.
Espera-se cooperação entre o governo do Estado e a Prefeitura para que essas providências sejam, de fato, implementadas com urgência, em favor da população fortalezense.
Afinal, é preciso acabar com a contradição de que as chuvas, tão necessárias ao semiárido, sejam vistas com temor pelos moradores das cidades, devido aos estragos que causam.
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