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Segurança pública permanece como desafio
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Editorial opinião

Segurança pública permanece como desafio

Como não poderia deixar de ser, na entrevista concedida a jornalistas na quinta-feira, o governador Elmano de Freitas (PT) abordou a questão da segurança pública. Esse tema é uma das principais preocupações, não apenas dos cearenses, mas de um enorme contingente de brasileiros, que hoje convivem com uma terrível sensação de insegurança, em cidades grandes ou pequenas.

Elmano anunciou que pretende implementar medidas para reduzir em 10% os índices de criminalidade em todo o Estado, com médias variáveis por área, sem informar como alcançaria as metas planejadas, que ainda estariam sob estudo. Mas o governador afirmou que o objetivo principal seria reduzir os homicídios, agrupados na sigla CVLI, ou seja, crimes violentos letais intencionais.

O projeto, em fase de formatação, segundo o governador, deverá ser apresentado neste primeiro semestre. Como já se entrou no segundo mês do ano, provavelmente o plano somente começará a funcionar no segundo semestre. Isto é, faltando um ano e meio para o fim do mandato da atual administração.

Ainda é preciso recordar que, em agosto do ano passado, o governador já havia lançado o programa Ceará Contra o Crime, anunciando a contratação de novos agentes, instalação de câmeras de videomonitoramento para reconhecimento facial (identificação de foragidos) e o programa Moto Segura, para rastrear motocicletas furtadas ou roubadas. Na entrevista o governador disse que o sistema de reconhecimento facial, "está em desenvolvimento", isto é, passados cinco meses, ainda não começou a funcionar.

Na ocasião, em entrevista à rádio
O POVO CBN, o então recém-empossado titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Sá, apresentou o que seriam as "novas diretrizes" para orientar as atividades da pasta. Ele listou uma série de providências para alcançar a redução dos índices de criminalidade, como o mapeamento dos locais com maior incidência de crimes, até o cuidado com a saúde mental dos agentes de segurança.

No entanto, a situação negativa persiste, em parte porque muitos projetos deixam de ser implementados; de outra, porque é um problema complexo para o qual não existem soluções fáceis nem rápidas.

O enfrentamento às facções, por exemplo, que atuam em todo o País, controlando amplos territórios é um problema sem solução. Essas organizações criminosas agem nas grandes e pequenas cidades, impondo suas próprias leis, atuando como um Estado paralelo. Elmano disse ter "humildade" para reconhecer que não há como resolver esse problema no âmbito de um único estado, no que ele tem razão.

Os governadores precisam tomar consciência sobre a necessidade de discutir esse tema de forma conjunta. Um bom início seria debater com mais abertura a proposta de emenda constitucional, a PEC da Segurança Pública, apresentada pelo ministro da Justiça Ricardo Lewandowski. n

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