
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
Os problemas relacionados à falta de medicamentos nos postos de saúde de Fortaleza não começaram agora. Registre-se que a atual gestão da Prefeitura herdou uma série de problemas nas mais diversas áreas sob sua administração.
Mas é de se lembrar que algumas dificuldades têm de ser resolvidas em seu tempo de urgência, pois da resolução depende a saúde de quem precisa de socorro. Pessoas com doenças graves ou que exigem medicamentos de uso contínuo não podem deixar de receber esses remédios, pois deles depende a vida do paciente.
Se a responsabilidade é da gestão anterior, que fique registrado e que os antigos administradores respondam política ou juridicamente, se for o caso, pelo que fizeram ou deixaram de fazer. Mas a demanda agora tem de ser dirigida a quem comanda o município, mesmo levando-se em consideração que o prefeito Evandro Leitão (PT) esteja no cargo há menos de três meses. Somente culpar os antecessores de nada adiantará se as dificuldades permanecerem.
Reportagem publicada na edição de ontem mostra a dificuldade enfrentada pela população devido à falta de medicamentos nos postos de saúde. Pelo que constatou a repórter Lara Vieira, faltam desde remédios, como analgésicos e antipiréticos, como também os receitados para doenças crônicas, que exigem medicação contínua, como diabetes e hipertensão.
No fim do mês de fevereiro, a secretária municipal de Saúde, Socorro Martins, informou que os medicamentos voltariam às prateleiras dos postos de atenção básica após a semana do Carnaval, que terminou em 5 de março. Portanto, o prazo não foi cumprido, com o problema tendo se agravado, segundo depoimentos de pacientes.
Além da falta de medicamentos, pacientes reclamam do reduzido número de médicos, obrigando a longa espera para consultas e exames, mesmo em casos de urgência.
Quintino Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Ceará (Sindsaúde), informou que, na reunião do Conselho Municipal de Saúde, realizada na sexta-feira (7/3/2025), a Prefeitura teria admitido que apenas 30% do abastecimento necessário foi distribuído no mês passado. Segundo ele, esse percentual já teria subido para 50% e haveria a "normalização completa" até o próximo mês.
Por essas contas, os pacientes terão de esperar, pelo menos até o fim de abril, para que todos os que precisam tenham acesso aos medicamentos necessários. Um prazo excessivamente longo para quem está doente.
O presidente do Sindisaúde disse que continuará "monitorando" a situação até estar garantido o fornecimento adequado de medicamentos à população. De fato, é preciso acompanhar de perto para verificar se a Secretaria Municipal da Saúde implementará, no dia a dia, o planejamento anunciado na reunião.
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