
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
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O julgamento da denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, e mais sete antigos integrantes de seu governo, tomou conta do noticiário nos últimos dias, secundarizando as informações sobre a significativa viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão.
Lula e a primeira-dama Janja da Silva embarcaram no sábado e ficam em Tóquio até esta quinta-feira, quando seguem para Hanói, no Vietnã. O casal viajou acompanhado de uma comitiva de empresários, ministros de Estado e parlamentares, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP).
A visita de Lula é de grande relevância para o Brasil, como também para o Japão, que demonstrou essa importância ao conceder a sua honraria máxima ao presidente brasileiro e à primeira-dama: serem recebidos em um encontro reservado pelo imperador Naruhito e sua esposa, a imperatriz Masako, o que aconteceu na segunda-feira. O imperador japonês recebe apenas um chefe de Estado por ano, honraria que coube ao Brasil em 2025. O presidente brasileiro também encontrou-se com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, participou do Fórum Empresarial Brasil-Japão, e de outras atividades em Tóquio.
Um dos objetivos de Lula em sua viagem é ampliar as relações brasileiras para além dos Estados Unidos e China, seus dois maiores parceiros comerciais. Aproximar os países do oriente do Mercosul faz parte dessa estratégia de diversificação dos mercados.
Em declarações à Agência Gov, o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, disse haver expectativa de avançar na discussão das relações entre Mercosul e Japão. "Além disso, estamos abertos às questões relacionadas à atração de investimentos. Há complementaridade entre as economias, existem grandes oportunidades para investidores japoneses, que já conhecem o Brasil, para ampliar as parcerias público-privadas", disse Saboia.
A busca em ampliar negócios com países do Oriente é uma medida preventiva contra o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pode provocar uma guerra comercial com resultados imprevisíveis. É de se prever que Lula continuará com essa política de expandir parcerias com a Ásia, incluindo o Mercosul nas negociações, o que explica sua visita ao Vietnã.
Lula terá ainda a oportunidade de tentar resolver algumas pendências internas durante a sua visita ao Oriente. Ele certamente, não perderá a oportunidade de conversar com Hugo Motta e Davi Alcolumbre para chegar a um acordo sobre o projeto que isenta contribuintes com renda até R$ 5 mil do Imposto de Renda, uma prioridade do governo. n
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