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299 anos de Fortaleza
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Editorial opinião

299 anos de Fortaleza

Com uma população de 2.428.678 pessoas, segundo o Censo Demográfico de 2022, Fortaleza é a maior capital do Nordeste e a quarta cidade mais populosa do País. Antes, há São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Dividida em Regionais pela Prefeitura, é parte de um conjunto de 19 municípios da Região Metropolitana.

Os números são do Anuário do Ceará 2024-2025, que dedica um capítulo especial para a capital cearense. A obra detalha também que Fortaleza tem seis Áreas de Proteção Ambiental (APA) e 25 parques urbanos.

Além disso, são 34 quilômetros de extensão de praia georreferenciados. Na Capital, a costa é dividida nas praias da Barra do Ceará, da Colônia, da Leste Oeste, do Pirambu, de Iracema, do Meireles, do Mucuripe, Mansa, do Titanzinho, do Futuro, da Sabiaguaba e da Abreulândia, conforme a Superintendência Estadual do Meio Ambiente.

São números que chamam a atenção para a aniversariante deste domingo, 13 de abril, quando a capital cearense completa 299 anos. É uma história feita por muitas mãos, olhares e passos de uma população que é movida pelo trabalho, reconhecida pela excelência no estudo e na dedicação, mas que teme, muitas vezes, pela segurança. É uma gente que acorda cedo, seja empenhada em fazer movimentar a economia da Capital, seja necessitada de um atendimento de saúde, seja tomada pela vontade de regozijar-se à beira do mar enquanto passeia ou corre pelo calçadão famoso.

Por mais que grande parte dos demais 183 municípios cearenses tenha se desenvolvido bastante e esteja se sustentando de forma digna, é para a Capital onde convergem os que precisam de um cuidado maior na saúde ou os que querem outras oportunidades de trabalho. O gigantismo de Fortaleza abarca todos os que vão chegando, do Interior e de outros estados e países. Movida por uma economia que vai dos serviços ao comércio e à indústria, não faltam opções no mercado.

Não é uma cidade igual, no entanto. Não é uma metrópole que oferece as mesmas condições a todo mundo ou que trata todos da mesma forma. A desigualdade social e econômica vista e sentida nos extremos de um mesmo bairro é impactante. Na calçada dos rooftops no centro financeiro da Capital, é possível ver pessoas em situação de rua em situação degradante. Por trás dos vidros escuros dos carros de luxo nas avenidas principais, crianças se apoiam para pedir esmola.

Fortaleza acolhe quem chega, mas, por vezes, não é bem tratada. Percebe-se isso pelo lixo nos canteiros, pela violência nas ruas, pelo caos na saúde. Ao tempo em que se celebram os quase três séculos de aniversário de Fortaleza, respeita-se a história da gente que todo dia faz a Cidade acontecer. É uma gente cansada dos conflitos entre gestores e desejosa de viver bem na cidade conhecida por sua hospitalidade e afeto. É dever cuidar da cidade para a população viver mais e melhor. n

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