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Páscoa: uma confraternização pela paz
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Editorial opinião

Páscoa: uma confraternização pela paz

Neste domingo, celebra-se a maior festa do cristianismo. É o dia em que Jesus ressuscita dos mortos e, libertando a todos do pecado, também assegura a vida eterna, pela fé cristã. A partir desse pensamento, os fiéis são levados a refletir sobre o amor de Deus e o sacrifício de Cristo por todos. É um momento de renovar a fé dos que creem e de refazer o compromisso em seguir os passos de Jesus, vivendo de acordo com o que ele pregou.

Pela tradição católica, a Semana Santa teve início no Domingo de Ramos, relembrando a chegada triunfal de Jesus a Jerusalém. Na Sexta-Feira Santa, os cristãos relembram a morte de Jesus na cruz. Há celebrações, orações e meditações, mas é o único dia do ano litúrgico em que não há missas nas igrejas católicas. Predominam a reflexão e o silêncio, com o objetivo de rememorar a crucificação e a morte de Cristo. É dia de jejum e abstinência.

O Sábado de Aleluia é um dia de espera, representando o tempo em que Jesus permaneceu no túmulo. O altar das igrejas fica desnudo e o sacrário está vazio, simbolizando a ausência de Cristo. Há a Vigília Pascal. Neste Domingo de Páscoa, ou Domingo da Ressurreição, os fiéis comemoram a vitória sobre a morte e o pecado. Após o luto dos dias anteriores, ressurge a esperança da nova vida.

Para os fiéis, os rituais têm um caráter celebrativo e espiritual. Para a população em geral, é uma tradição reunir as famílias independentemente das crenças de cada um. É uma das festas do ano em que as comunidades se preparam a fim de confraternizar. É louvável que isso ocorra diante de tempos tão tensos como os que têm sido vividos nos últimos anos.

Em meio a disputas polarizadas, muitas das vezes causadas por conflitos de posicionamentos políticos, assiste-se constantemente a imbróglios familiares devido a opiniões distintas. Os pontos de vista divergentes se tornaram inimigos, e não apenas adversários. É lamentável, pois, que tenha havido esse afastamento entre famílias, amigos e outras comunidades próximas. Assim, faz-se necessário ajudar a promover um clima marcado pela não violência a fim de contribuir para a redução da violência e o estímulo da reflexão crítica e da convivência com o diferente.

A propósito, a Páscoa já era comemorada antes da época de Cristo. Era o festejo do povo judeu por causa da libertação da escravidão no Egito, que teria durado cerca de 400 anos. O próprio Jesus, segundo a Bíblia, participou de celebrações pascais. A partir dele, houve um novo significado para a festa. A boa-nova anunciada por ele trouxe mais conforto para o povo se libertar dos sofrimentos à época.

Assim, crendo ou não nos rituais religiosos, espera-se que os sentimentos de esperança e alegria que nutrem este dia sejam suficientes para reunir as pessoas queridas em torno do pensamento da confraternização e da paz universal.

A todos, uma feliz Páscoa! n

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