Logo O POVO+
EDITORIAL: CHINA E EUA DÃO SINAIS DE TENTAR ACORDO
Foto de Editorial
clique para exibir bio do colunista

O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública

Editorial opinião

EDITORIAL: CHINA E EUA DÃO SINAIS DE TENTAR ACORDO

Tipo Opinião

A China e os Estados Unidos finalmente deram sinais de abertura para o diálogo para o fim da guerra comercial que protagonizam há meses, o que perturbou, de alguma forma, todo o mundo. É preciso, neste momento, saudar a tentativa de começar a resolver a crise, mesmo que sejam - ainda - indicações bastante tênues de que finalmente se inicia a buscar o caminho da saída.

De acordo com o Ministério do Comércio da China, o país foi procurado pelo governo norte-americano a fim de negociar as tarifas impostas entre os países. Agora, Pequim avalia se dialoga com os EUA.

A informação foi confirmada por um porta-voz do ministério a jornalistas: "Os Estados Unidos tomaram recentemente a iniciativa em muitas ocasiões de transmitir informação à China através das partes pertinentes, dizendo que esperam conversar com a China. A China está atualmente avaliando isso".

O governo chinês estaria, então, disposto a continuar com a guerra comercial, se for necessário. A declaração do porta-voz foi citada da seguinte maneira pelo site oficial do ministério: "Se tivermos que lutar, lutaremos até o fim. Se tivermos que conversar, a porta está aberta. A guerra tarifária e a guerra comercial foram iniciadas unilateralmente pelos Estados Unidos".

Agora, o Ministério do Comércio da China cobra que o governo Trump cumpra com um eventual acordo. A China afirmou, na declaração, que os Estados Unidos corrijam "suas medidas tarifárias unilaterais errôneas em qualquer diálogo ou conversa possível".

A informação também foi dada por uma conta de mídia social ligada à mídia estatal chinesa e sinaliza uma possível abertura de Pequim às negociações. Esse contato inicial dos Estados Unidos com o ministério chinês expõe que há uma necessidade de um acordo tarifário para que o impacto econômico seja amenizado.

Em abril deste ano, as tarifas americanas de até 145% sobre muitos produtos chineses entraram em vigência. Em retaliação, Pequim respondeu com taxações de 125% sobre as importações dos Estados Unidos.

Ao longo desse imbróglio, o governo chinês tem demonstrado indignação explícita com as tarifas e considera uma intimidação por parte de Trump. Não à toa, Pequim tem mobilizado a condenação pública e global das restrições às importações e não parece demonstrar interesse em suspender essas ações.

Depois dessa notícia, que gerou uma expectativa no mundo todo, as bolsas subiram. As ações de Hong Kong cresceram para uma máxima de quase um mês na sexta-feira. Europa também registrou aumento nas bolsas de Londres, Paris, Frankfurt, Milão e Madri.

É apenas um pequeno movimento que mostra que o assunto, por mais que seja diretamente relacionado às duas nações, interfere na economia e nos interesses de todo mundo, visto que são dois poderios econômicos relevantes mundialmente. Que esteja seja o início para que as conversas avancem e se chegue a um acordo. 

 

Foto do Editorial

Análises. Opiniões. Fatos. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?