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Segurança pública e a necessidade de ações integradas
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Editorial opinião

Segurança pública e a necessidade de ações integradas

Diante da ousadia do crime organizado e dos impactos na vida das pessoas, as respostas rápidas precisam ser realidade. Ações ostensivas, que façam a Polícia estar onde realmente é necessário, permanecendo para além da mobilização midiática e populacional
Tipo Opinião

Locais de lazer que se transformam em cenas de crime. Adolescentes que morrem e matam. Escolas fechadas, linhas de ônibus desviadas e pessoas com medo de sair de casa. O Ceará vive um 2025 desafiador em relação à segurança pública de seus habitantes.

Cenário exige respostas efetivas que sejam resultado da convergência dos esforços entre diferentes poderes, órgãos e segmentos sociais.

Territórios periféricos e distantes dos olhares do poder público compõem, há muitos anos, as estatísticas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), que em sua maioria sempre tiveram como motivação o "conflito entre grupos criminosos".

A ocorrência de chacinas, quando são assassinadas três ou mais pessoas em uma mesma ação, era um evento relativamente raro no Ceará até 2015, com casos mais focados em disputas agrárias. Não é mais. Na última semana, o episódio ocorrido na Barra do Ceará, em Fortaleza, quando quatro pessoas foram assassinadas em um campo de futebol, demonstrou como a dinâmica violenta tem repercutido e feito com que crimes como esse se tornem mais recorrentes.

Em poucos dias, o bairro registrou um duplo assassinato de duas jovens, um ataque com cinco baleados, ônibus depredados e uma chacina.

Quando pessoas ficam sem internet após ataques, a juventude é assassinada em locais públicos e o cotidiano de uma cidade precisa ser alterado por causa da criminalidade, fica evidenciada a necessidade de que sejam executadas diferentes políticas.

As políticas públicas, como educação, lazer, segurança e saúde. Que têm o papel de garantir direitos e permitir o desenvolvimento sustentável da população. E as políticas eleitorais, que dependem da atuação de parlamentares, gestores e políticos para criação e execução de leis e ações com o mesmo objetivo: uma melhor vida para as pessoas.

Há ainda a esfera judiciária, que inclui a Justiça e os órgãos de defesa dos direitos da sociedade.

Diante da ousadia do crime organizado e dos impactos na vida das pessoas, as respostas rápidas precisam ser realidade. Ações ostensivas, que façam a Polícia estar onde realmente é necessário, permanecendo para além da mobilização midiática e populacional.

Mas também ações de inteligência, não só nas investigações, nas denúncias, nos inquéritos, mas na promoção de um Estado mais igualitário e seguro para os cearenses.

Esse precisa ser o objetivo daqueles que atuam nas searas de poder nos municípios, estados e no País. Integrar informações e medidas que expandam fronteiras e consigam se antecipar aos avanços do crime e de seus personagens.

 

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