
Eliziane Alencar é publicitária e diretora da Advance Comunicação
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Um chip é capaz de reproduzir estruturas do corpo humano com funcionamento de órgãos artificiais similares aos de um organismo vivo e com resultados muito melhores do que os modelos pré-clínicos que envolvem animais, pois além de possibilitar avaliar o efeito de medicamentos, permite estudar a interação entre os diferentes órgãos.
Óleo de copaíba em uma solução de polímero absorvível, desenvolvida através de bioengenharia por cientistas da USP, forma a pele artificial que substitui testes em animais e serve para avaliar a segurança de cosméticos e medicamentos. O trabalho consta em publicações internacionais.
A farmacêutica brasileira Lauren Dalat acaba de ganhar o prêmio Lush Prize 2024, em Londres, na categoria Jovens Pesquisadores, com uma solução composta por células tronco de dente humano que substitui animais em testes de perfumes.
Quem cursou doutorado na área da saúde sabe que é prática de orientadores realçar a necessidade de modelos animais para que supostamente as pesquisas tenham maior reconhecimento. E assim, programas como o Renama, Rede Nacional de Métodos Alternativos coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação permanecem com várias linhas de crédito disponíveis, sem interesse de pesquisadores.
Até hoje ouvimos profissionais repetirem o discurso de professores na universidade, reclamando por terem que usar bonecos, robôs e tecnologia no lugar de um biotério de animais indefesos e, o mais triste, abusam da docilidade de alguns, como os beagles, uma das raças mais cruelmente abusadas.
Somente após a pressão da sociedade civil com a libertação dos beagles, roedores e coelhos do Instituto Royal é que o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONSEA) publicou, em 2014, duas resoluções normativas oficializando no Brasil métodos alternativos ao uso de animais em pesquisas, já validados internacionalmente há muito tempo.
Parece então que é uma questão de demanda e interesses. Precisamos que mais estudantes, pesquisadores e a sociedade provoquem empresas e instituições a se modernizarem utilizando métodos mais tecnológicos, humanos e éticos.
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