
Professor adjunto de Teoria Política (Uece/Facedi), professor permanente do programa pós-graduação em Políticas Públicas (Uece) e professor permanente do programa de pós-graduação em Sociologia (Uece)
Professor adjunto de Teoria Política (Uece/Facedi), professor permanente do programa pós-graduação em Políticas Públicas (Uece) e professor permanente do programa de pós-graduação em Sociologia (Uece)
Quando os votos da eleição de 2024 foram contabilizados, no primeiro ou no segundo turno, para a Prefeitura de Caucaia, teremos uma certeza: pela segunda vez consecutiva o prefeito não será reeleito. Assim como em 2020, quando Naumi Amorim (PSD) perdeu a reeleição para Vitor Valim, agora é o ex-prefeito quem desistiu da candidatura, abrindo espaço para a candidatura governista de Catanho (PT), após a conversão de Valim, durante a gestão, ao governismo estadual e ao petismo.
Naquela eleição, a cidade apresentava-se como um dos bastiões de resistência da oposição ao governismo estadual, do mesmo modo que Juazeiro. Detentora da segunda maior população do Ceará, Caucaia tem inúmeros problemas, com destaque para a segurança, mas pode-se dizer que tem resgatado seu potencial turístico, que havia perdido desde os anos 1990. Depois de ter assistido a uma longa hegemonia da família Arruda, que tinha assento na Alece e na Câmara Federal (pai, mãe e filha), a cidade passou para as mãos da oposição, com Dr. Washington em 2008, quando Inês Arruda foi derrotada, iniciando uma nova temporalidade na cidade.
Agora, forças políticas distintas tentam chegar ao comando da cidade. A deputada Emília, que já foi aliada da família Arruda, e ela mesma sendo herdeira política, tenta pela segunda vez sair-se vitoriosa (já acumulou uma derrota como cabeça de chapa e uma como vice de Inês), mas parece não demonstrar força eleitoral na disputa majoritária. Naumi tenta repetir o êxito de 2020, quando contou com uma chapa em que a força dos Arruda estava na vice. Deixou importante marca nos bairros mais próximos ao Centro, os dos grandes "galpões".
Catanho, com a força do governismo estadual e federal, tenta emplacar-se como nome forte à esquerda, experiência de gestão que a cidade não teve até o momento, mas poderá trazer para si o desgaste do governismo local de Valim, que não é bem avaliado fora da zona praiana da cidade. Terá como principal cabo eleitoral o agora governador, que em 2020 ficou em 4º lugar disputando o mesmo cargo.
Por fim, a aposta do bolsonarismo é Aginaldo, coronel militar que aposta todas as fichas na reserva eleitoral de oposição demonstrada na eleição de Valim. n
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