
Professor adjunto de Teoria Política (Uece/Facedi), professor permanente do programa pós-graduação em Políticas Públicas (Uece) e professor permanente do programa de pós-graduação em Sociologia (Uece)
Professor adjunto de Teoria Política (Uece/Facedi), professor permanente do programa pós-graduação em Políticas Públicas (Uece) e professor permanente do programa de pós-graduação em Sociologia (Uece)
As cidades de Caucaia e Maracanaú nos oferecem, neste ano, perspectivas distintas de análise: enquanto Maracanaú caminha no sentido do aprofundamento da dominação do grupo no poder (oligarquia?) e do total fechamento do campo político local a interesses exteriores aos do grupo, aprofundando o personalismo e a centralidade na figura de Roberto Pessoa (UNIÃO); Caucaia parece estar aberta a interesses externos à cidade os mais diversos, não tendo sido possível a formatação de um novo grupo do poder (oligarquia?) desde que a família Arruda foi derrotada por Dr. Washington, em 2008, uma vez que as duas candidaturas mais competitivas, hoje, segundo as pesquisas divulgadas até o momento (a de Catanho, do PT, e a de Aginaldo, do PL), são empreitadas de grupos políticos sem vinculação histórica como munícipio.
Mesmo Emília Pessoa, filha da terra, tem se apresentado como apoiada por figuras políticas externas à cidade (Tasso, Élcio, Roberto Pessoa, Roberto Cláudio, Ciro e outros). Naumi, ex-prefeito que perdeu a reeleição em 2020, não dá mostras de constituição de um grupo no poder estabelecido, com força para dar os contornos do jogo político por lá.
Bastante distinto é o quadro maracanauense, que completa duas décadas sob domínio da mão de ferro do grupo de Pessoa, que conseguiu dobrar os interesses da dupla que por lá melhor incorporava a ideia de oposição - os "júlios", pai e filho -, bem como frustou os planos do governismo estadual de ter, ali, a possibilidade de uma nova força política.
Por isso mesmo é que a campanha segue bastante fria, dando a impressão de uma mera formalidade a ser cumprida em 6 de outubro - mesmo a prometida "ameaça" da candidatura de Silvana parece nem ter convencido seus correligionários, pois até a escrita desse texto, nem comitê central ela tem -, restando disputa apenas entre candidatos a vereador, em busca de ser aqueles que, uma vez eleitos, se aproximarão do trono, beijarão a mão e terão nacos de poder para chamar de "seus".
Em Caucaia, por sua vez, observamos uma disputa acirrada, com grupos poderosos, de fora, buscando estabelecerem-se na cidade que tem recuperando sua participação econômica no estado, também eles em busca de frações do poder para chamar de "suas". n
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