
Professor adjunto de Teoria Política (Uece/Facedi), professor permanente do programa pós-graduação em Políticas Públicas (Uece) e professor permanente do programa de pós-graduação em Sociologia (Uece)
Professor adjunto de Teoria Política (Uece/Facedi), professor permanente do programa pós-graduação em Políticas Públicas (Uece) e professor permanente do programa de pós-graduação em Sociologia (Uece)
Nem bem havia sido proclamado o resultado eleitoral, especialmente o da capital, de 2024 e os movimentos a serem dados pela oposição no Ceará ocupavam analistas e políticos. A questão a ser respondida era a seguinte: será possível formar um bloco de atuação coesa com tantos nomes e partidos?
A questão tinha/tem sua razão de ser: é que o fenômeno eleitoral André Fernandes havia operado o milagre de juntar, no segundo turno, em torno de seu nome velhos e novos adversários entre si e do próprio André: Sarto, Roberto Claúdio e parte da bancada do PDT, Wagner e seu União Brasil e outros desafetos. Continuam, estes, passada a eleição, a tomar café nos gabinetes da Alece, posando para fotos e performando sorrisos possivelmente produtores de uma unidade que, a cada entrevista dada pelos políticos desta oposição, parece mais distante.
Já teve anúncio de chapa pura do PL, deputada do PL falando em abertura para nomes, prefeito de outro partido lançando-se, candidato a senador imposto nacionalmente, possibilidade de nova filiação partidária para ex-prefeito.
Os cafés e sorrisos ainda não puseram um nome na rua. Isso não anula o fato de que, ao contrário do que disse o governador a este jornal, a oposição não esteja fortalecida. Ela tem nomes, recall eleitoral na capital e em importantes cidades.
Mas, a oposição ao governismo não é apenas da “oposição” literal, formada pelos partidos na Alece e na CMFOR. Também no interior do PT há movimentos, fortes e mobilizadores, de oposição aos rumos que a liderança de Camilo, legitimada por Elmano, vem dando ao partido, naquilo que o grupo da ex-prefeita Luizianne Lins nomeia como “entrismo". Ela mesma, em nova reação ao monopólio das decisões do grupo no poder, lançou seu nome ao Senado.
Duas são as batalhas, por hora, a serem enfrentadas pelo governo: uma interna, que poderá inviabilizar a mobilização de importantes setores do PT pela reeleição de Elmano, ampliando o que se viu em Fortaleza, no ano passado – ou seja, um enfrentamento com o “campo de esquerda”, cujos movimentos visibilizam, para a opinião pública, a resistência aberta aos comando do Abolição; e outra, externa, com a capilaridade eleitoral da oposição, contando com possíveis defecções (o que não será novidade na política cearense).
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