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Momento crucial para as eleições
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Momento crucial para as eleições

Campanha só começa em agosto, mas definições importantes ocorrem até este fim de semana
Eleitores irão às urnas daqui a seis meses (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Eleitores irão às urnas daqui a seis meses

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Este sábado é uma das datas cruciais para as eleições. A campanha só começa em agosto e os candidatos só começam a ser oficializados em julho, mas agora se fecha a janela partidária e termina o prazo para filiações e troca de domicílio eleitoral. Para candidatos a vereador, é o momento de definição. As chapas praticamente se definem, por isso os anúncios de agora. Também quem vai de um lado para outro. Negociações de apoio ainda irão ocorrer, mas os políticos já se filiam tendo alinhamentos em vista. Passado o atual momento, as coisas tendem a esfriar de novo. Até por volta de junho, quando haverá as definições finais.

Menos no PT, que tem votação sábado e outra dia 21. A animação vai mais longe por lá.

Até quando dura o fuxico do PDT

O PDT irá recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) que abriu caminho para nove deputados estaduais e cinco suplentes se desfiliarem sem risco de perderem os mandatos. O que significa que a peleja ainda deve se arrastar. O partido tem a diretriz de não dar anuência para desfiliações. Tem o aspecto exemplar, inclusive. Por outro lado, a legenda não tem paz. A liderança na Assembleia Legislativa é ocupada por um parlamentar do bloco que tenta sair. Enquanto ficam, os pedetistas dissidentes são ampla maioria na bancada. A situação é esdrúxula. A janela partidária para deputados estaduais só será em março de 2026. A via judicial pode antecipar o fim de uma briga que, no caso de os parlamentares ficarem no partido, ainda não está nem na metade.

Quebra-cabeça

A confusão partidária no Ceará, da qual o PDT é a peça principal, é simbolizada no que houve esta semana. O vereador Wellington Saboia se filiou ao Podemos, em anúncio feito pelo deputado federal Eduardo Bismarck, que não é do Podemos. É filiado ao PDT, mas o pai dele, o prefeito de Aracati, Bismarck Maia, comanda o Podemos estadual. Eduardo é pedetista, mas do bloco que não segue a orientação do comando da sigla, grande parte do qual migrou para o PSB. É provável que o deputado siga o mesmo caminho na janela partidária de 2026. O Podemos é da base do Governo do Estado, comandado pelo PT. Mas, em Fortaleza, Saboia é apoiador do prefeito José Sarto (PDT).

Enel e o papel do governador

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acionou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para abertura de processo de possível cancelamento do contrato em São Paulo. A concessionária atua também no Rio de Janeiro e no Ceará, onde os problemas também existem e não são poucos. Demoras nas ligações e fornecimento, problemas de abastecimento, aparelhos eletrônicos danificados pelas oscilações na rede, denúncias de cortes abusivos são alguns dos problemas. Por enquanto, porém, só se fala na possível cassação da concessão em São Paulo. Para isso pode ter pesado o fato de o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) ter sugerido ao ministério que o contrato fosse revisto. Não se conhece manifestação do governador Elmano de Freitas (PT) nesse sentido.

Onde a Enel está

A Enel, conforme mencionado, fornece energia para São Paulo e Rio de Janeiro, além do Ceará. Se está ruim nos centros com mais dinheiro e visibilidade no País, que dirá num estado pobre e periférico. Desde a privatização, em 1998, a concessão de energia elétrica do Ceará é dividida com o Rio de Janeiro, entre outros. São Paulo entrou na equação em 2018. O Ceará é parte do conglomerado de uma multinacional espalhada pelo mundo. Pode ser que haja vantagens. Entre as desvantagens, uma tentativa de uniformização que não contempla as necessidades locais. E o Estado está no fim da fila de prioridades. Até outro dia, a intenção era vender a operação Ceará.

Opções

O melhor para o Ceará é o fim da concessão? Tenho dúvidas. Em Goiás, a operação foi vendida para a Equatorial, empresa que também recebe muitas críticas por onde está.

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