Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Foto: Thais Mesquita
PALÁCIO da Abolição: Elmano muda áreas cruciais da equipe
Elmano de Freitas (PT) busca dar uma sacudida na gestão. Após quase um ano e meio, a sensação é de uma gestão pouco vibrante, digamos. A tentativa de chacoalhar o governo é um bom começo. Por enquanto, apenas isso. Uma sinalização. A qualidade da mudança será medida pelos resultados e dependerá da capacidade dos escolhidos.
O governador mexeu em quatro áreas principais: segurança, obras, planejamento e cultura. Há diferentes aspectos envolvidos.
Olho na campanha
Na Cultura, a saída de Luísa Cela (PSB) já era esperada para ocorrer até a semana que vem. Ela se desincompatibilizou para ser a provável indicada para concorrer a vice-prefeita na chapa de Evandro Leitão (PT).
Olho na gestão. E nos problemas
Os outros casos são diferentes. As mexidas na segurança, na infraestrutura e no planejamento decorrem de problemas, e da busca de soluções.
Segurança: o maior problema
A situação da segurança era a mais evidente. Tratei, inclusive, na coluna anterior. A área já não vinha bem. Há muito tempo. Desde muito antes de Samuel Elânio. Ao mal desempenho que se mantém, somou-se a declaração desastrada de classificar de “razoáveis” os resultados da área, que são ruins. Talvez o secretário já caísse antes. Mas a fala tornou a permanência insustentável.
Elânio transmitiu a ideia de conformismo, de aceitar a situação. Na contramão do que Elmano sempre falou, ao reconhecer que a situação não é boa. Com a troca, no mínimo, o governador mostra insatisfação com a situação inaceitável.
O atributo do novo secretário
O novo titular da Segurança, Roberto Sá, ocupou o mesmo cargo no Rio de Janeiro, de onde saiu de forma turbulenta, quando houve intervenção federal. Foi também secretário no Espírito Santo. Da Polícia Federal, foi também policial militar do Bope. Pelo menos ele conhece de facções criminosas, controle de territórios pelo crime, infiltração na polícia. Será difícil o Ceará apresentar a ele problemas com os quais não esteja familiarizado. Conseguir resolver é outra história.
Obras: o que mais se vê
A leitura costuma ser equivocada, mas é muito comum se avaliar gestor pelas obras que faz. Pelo que deixa edificado. Há coisas mais importantes. Qualidade na saúde, na educação e na segurança, por exemplo, passa pelo bom uso do que já existe, não necessariamente por novas estruturas. Mas, costuma-se avaliar o governante por obras. Nesse sentido, Elmano mexe tanto na Secretaria da Infraestrutura quanto na estratégica Superintendência de Obras Públicas do Ceará (SOP). Muda bastante.
Na gestão, um ex-colega da equipe de Luizianne
Alexandre Cialdini assume o Planejamento e Gestão. Estará em função crucial na equipe econômica, na área meio do Estado. Ele foi colega de Elmano na gestão Luizianne Lins (PT) na Prefeitura de Fortaleza. As mudanças na ZPE e na Etice ocorrem porque os antigos titulares foram remanejados para Infraestrutura e SOP, respectivamente. As outras trocas foram na Cearapar, vinculada à Fazenda estadual, e Cearaprev, a Fundação de Previdência.
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