Segurança, periferia e "pela primeira vez": os temas da campanha
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Foto: Samuel Setubal
ELEIÇÃO para prefeito será daqui a quatro meses
A quente pré-campanha já sinaliza os temas que deverão dominar o debate eleitoral em Fortaleza. Inclusive, já com antídotos do marketing.
A disputa tem vários canais. Um deles é o dos debates, em que os candidatos se confrontam frente a frente. Outro é a propaganda eleitoral de rádio e televisão. Essa é a parte mais visível, que chega ao grande público, e o que é exposto é bem calculado para não causar desgaste, principalmente com quem é pouco familiarizado com a política.
Tem a disputa da Internet. A pública e a clandestina, sem rosto e sem autoria. O jogo já se torna mais pesado. Alcança uma quantidade enorme de pessoas, mas os conteúdos podem circular por nichos. Mesmo a campanha oficial é mais agressiva nesse campo. E, no submundo, aí não há regras ou lei.
Criminalidade e Evandro como alvo
Um tema central será a segurança pública. O alvo será Evandro Leitão (PT). A troca de secretário no governo Elmano de Freitas (PT), com a entrada de Roberto Sá, passa por aí.
Periferia e Sarto na mira
Uma crítica que já vem sendo feita, e que o prefeito José Sarto (PDT) se prepara para rebater, é sobre os investimentos na periferia. A gestão é acusada de só investir nas áreas ricas, e rebate com argumento de que a esmagadora maioria das ações é em bairros periféricos. A senha já foi dada no começo do ano passado, nas primeiras críticas do senador Cid Gomes, hoje no PSB, ao então correligionário.
Quando a Prefeitura informou que iria tirar o Mercado da Aerolândia e transferi-lo para o Centro, não ajudava na contraposição a esses discursos. O plano, porém, foi abandonado.
Pela primeira vez
O marketing do prefeito identificou que haveria a imagem de que Sarto não traria coisas novas à gestão. Seria uma continuação do que vinha do antecessor, Roberto Cláudio (PDT). Por isso, a musiquinha e toda uma estratégia de comunicação que enfatiza coisas feitas “pela primeira vez”.
A suposta falta de novidade, o envelhecimento do ciclo, tende a ser um dos discursos aos quais Sarto buscará se contrapor.
O rumo da taxa
Um dos debates mais evidentes é sobre a taxa do lixo. Sarto diz que é uma obrigação criar. Os adversários contestam e dizem que irão extingui-la. Existe um problema para o prefeito maior que a cobrança: o fato de a cidade seguir bastante suja. Não há sentimento de mudança nesse quesito em relação ao ano passado. A promessa para Sarto é de impacto ao final das chuvas. Ou seja, a partir de agora.
Em relação a Evandro, um flanco para o contra-ataque é pelo fato de a Prefeitura de Sobral ter instituído a taxa. Trata-se do mesmo conglomerado político. Politicamente, o questionamento é de difícil resposta. Para a maior parte do eleitorado, o paralelo com Sobral é distante.
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