Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Evandro Leitão (PT) assumiu postura agressiva a partir do primeiro momento, ao perguntar a Eduardo Girão (Novo). Um foi presidente do Ceará, outro do Fortaleza. O petista disse que o candidato morou mais nos Estados Unidos que em Fortaleza e o associou a Jair Bolsonaro (PL) e ao negacionismo na pandemia.
Girão chegou a ter de trocar de camisa. Ele estava vestido com uma que tinha o dizer: “Não falta dinheiro na Prefeitura, falta gestão”. Sarto questionou e a produção acatou o pedido para que ele a trocasse no segundo bloco. Porém, logo após a decisão, Girão seria o próximo a falar. O apresentador, então, perguntou a Sarto se ele se importava que Girão mudasse de camisa depois. O prefeito concordou. Girão aproveitou para chamar atenção para o dizer, que acabou tendo muito mais visibilidade que antes. Sarto pediu direito de resposta, e obteve. Nunca tinha visto direito de resposta para camisa em debate.
Girão apresentou, aliás, duas propostas que, diria, chamaram atenção. Disse que comprará um helicóptero para a Guarda Municipal. E disse que uma prioridade é a criação de cemitério para animais de estimação.
Criticado por cobrar a taxa do lixo, Sarto lembrou que Girão votou a favor do Marco Legal do Saneamento no Senado. A legislação prevê cobrança para financiar a coleta de lixo.
Sarto, em mais de uma oportunidade, e também Girão chamaram Evandro de covarde por não ter assinado a CPI do Narcotráfico, em 2018. Técio Nunes (Psol) fez alusão, então, à falta de mulheres num debate só entre homens. Destacou que candidatos ficam falando em coragem, mas estarão dentro dos gabinetes.
A ex-prefeita Luizianne Lins (PT) foi citada em alguns momentos. Evandro Leitão destacou a política de juventude dos Cucas. Capitão Wagner (União) ironizou ele fazer menção a ela depois de, segundo ele, tê-la atropelado para ser candidato a prefeito pelo PT. Wagner ainda fez menção ao Hospital da Mulher, obra da gestão dela. E prometeu Hospital do Idoso.
André Fernandes (PL) foi incisivo contra Wagner, quando a pergunta nem era para o ex-aliado. Ao questionar Sarto, disse que apoiou o Capitão três vezes e agora o candidato do União Brasil deveria tê-lo apoiado. Perguntou ao prefeito, então, sobre a importância da lealdade na política.
André chegou a dizer que não cobrará multa de motociclistas que levantam viseira. Wagner lembrou que a lei é federal e disse que ele, como deputado federal, poderia propor a medida. Salientou que a deputada Dayany Bittencourt apresentou esse projeto na Câmara dos Deputados. André falou em acabar com a zona azul e alargar vias, “ao modelo Juraci Magalhães”.
Chamou-me atenção André Fernandes não ter se associado a Bolsonaro, característica da trajetória política dele. Do bolsonarismo, chegou a usar como referência o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
André não caiu em provocação quando George Lima (Solidariedade), de forma pouco sutil, tentou deixá-lo nervoso. Ainda corrigiu Sarto sobre a sigla completa para população LGBTQIA+. Mas também não foi além disso ao tratar de políticas para o segmento.
George indagou a Girão sobre Bolsonaro. Girão disse que não concorda com tudo do ex-presidente, mas o considera incomparavelmente melhor que Lula. George foi criticado por Girão e Fernandes e chamado de “satélite do PT”.
Técio Nunes foi o candidato que mais falou da periferia e destacou também a questão ambiental.
Quem paga?
Sarto disse que transporte público é financiado exclusivamente pela Prefeitura. “Parece até que Fortaleza não faz parte do Estado do Ceará”. O Estado, de fato, tirou subsídio que havia na época da pandemia. Mas há renúncia de arrecadação de ICMS sobre diesel. E, bem, o povão também arca com parte dessa conta, paga a tarifa.
Nota
Wagner citou que, com ele secretário, a saúde de Maracanaú saiu de nota 5 para 9 no Ministério da Saúde. Só não é muito lisonjeiro para o prefeito Roberto Pessoa (União), aliado do Capitão. O grupo dele já estava no poder havia 18 anos quando ele convidou Wagner para ser secretário. Querendo mais.
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