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O jogo das alianças no 2º turno em Fortaleza
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

O jogo das alianças no 2º turno em Fortaleza

Os acordos do 2º turno foram um dos temas do primeiro debate no 2º turno
Tipo Opinião
EVANDRO Leitão e André Fernandes no debate da Band (Foto: Reprodução/vídeo)
Foto: Reprodução/vídeo EVANDRO Leitão e André Fernandes no debate da Band

O primeiro debate do segundo turno em Fortaleza, na noite de segunda-feira, 14, na Band, transcorreu com relativa tranquilidade, dentro da normal animosidade de uma disputa, quase até o fim. O momento mais quente foi na concessão de dois direitos de resposta já depois das considerações finais. E pedido de mais um, o que rendeu um breve bate-boca, até a negativa, quando o confronto finalmente pode ser encerrado.

O debate teve muita discussão sobre alianças políticas. O assunto desse recomeço de campanha, em função dos alinhamentos de forças derrotadas no primeiro turno. Evandro Leitão (PT) foi quem mais bateu na tecla. Associou bastante o adversário André Fernandes (PL) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O candidato do PL cobrou de Evandro o debate de questões locais e disse que o petista usa como “muletas” os aliados Camilo Santana, Elmano de Freitas e Lula, todos do PT.

Evandro retrucou que André Fernandes agora é apoiado pelo prefeito José Sarto (PDT) — que não declarou apoio formal, está neutro, embora muitos aliados tenham aderido a Fernandes. Presidente do PSD, o ex-deputado Domingos Filho, no Jogo Político de segunda-feira, 14, já havia apontado Sarto como o grande articulador dos apoios a André Fernandes neste segundo turno. Evandro salientou que foi a base de Sarto que criou a taxa de lixo, que o adversário fala em acabar. O candidato do PL retrucou que o petista tentou apoio de Sarto e não conseguiu — o que é verdade.

Evandro ainda mencionou o apoio de Capitão Wagner (União Brasil), a quem se referiu como “candidato dos motins”, e lembrou os ataques entre ambos no primeiro turno.

A dinâmica dos debates

O primeiro debate do segundo turno, com apenas dois candidatos e sem personagens que servem à distração, colocou mais André e Evandro em evidência.

O petista se atrapalhou em alguns momentos. Já na primeira fala, referiu-se duas vezes a André como “meu candidato” — aparentemente, queria dizer “meu adversário”.

O candidato do PL também teve momentos de confusão, quando foi elencar cinco modalidades de licitação, mas só lembrou de quatro. (À frente citou a quinta.)

A fala de André, desde o primeiro turno, é mais organizada e fluente que a de Evandro. Com mais tempo na tela neste segundo turno, a forma de falar e a entonação em dado momento acaba soando artificial, ensaiada. Também se evidencia superficialidade em certos conteúdos, em particular no tema meio ambiente.

Nos assuntos em geral, repetiu-se muito do que já se ouviu nos debates de primeiro turno, com quase nenhuma novidade.

Vai e vem de vereadores

Vereadores estão entre os apoios mais cobiçados do segundo turno. Nem sempre negociam de forma afinada com os partidos. Há movimentos curiosos. A vereadora Ana Aracapé (Avante) posou para foto com André na segunda e com Evandro na terça. Tem outros que conversam com os dois lados. Até a eleição, a depender das pesquisas e das propostas, podem balançar. Nada que impeça composição com quyem for eleito.

Vereador está perto do voto na ponta. A eleição está muito equilibrada e a presença local pode decidir.

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