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Será apertado, como tem sido todas as vezes
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Será apertado, como tem sido todas as vezes

Vencerá, arrisco-me a dizer, quem conseguir mais votos neste fim de semana
ELEITOR volta à urna neste domingo para iniciar novo momento na política de Fortaleza (Foto: FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ABR)
Foto: FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ABR ELEITOR volta à urna neste domingo para iniciar novo momento na política de Fortaleza

As pesquisas parecem ter sinais contraditórios, mas elas coincidem todas em mostrar empate técnico entre os candidatos. Neste sábado sairá as pesquisas de véspera, mas os números recentes sugerem que dificilmente haverá clareza sobre quem será eleito. Nenhum dos comitês tem segurança da vitória. Será na apuração, e com emoção. Não chega a ser surpresa. Há muito tempo Fortaleza não sabe o que é uma eleição tranquila, folgada. Mesmo quando pesquisas dão vantagens significativas, como em 2020, as urnas mostram diferenças bem pequenas.

A mais parelha

A eleição mais apertada da história de Fortaleza foi em 1988, na qual Ciro Gomes teve 5.317 votos de vantagem sobre Edson Silva. Era outra vida, a última eleição antes de haver segundo turno. Se houvesse na época, a eleição teria tido uma nova fase e sabe-se lá o que teria acontecido.

Fora aquela, a eleição mais apertada em tempos recentes foi a mais recente, em 2020. José Sarto (PDT) venceu Capitão Wagner (União Brasil) por 43.760 votos. Em percentuais, 51,69% contra 48,31%. Bem mais parelho do que as pesquisas indicavam. Esses percentuais, numa pesquisa, indicariam empate técnico.

O pleito anterior, a reeleição de Roberto Cláudio (PDT), em 2016, também não foi um passeio. O pedetista teve 53,57% contra 46,43% de Capitão Wagner.

Curioso que as duas eleições mais recentes foram se tornando cada vez mais disputadas. A anterior, quando Roberto Cláudio se elegeu, em 2012, foi mais acirrada ainda que a de 2016: 53,02% de Roberto Cláudio contra 46,98% de Elmano de Freitas (PT), hoje governador.

Todas as eleições do ciclo robertoclaudista, prestes a se encerrar (ou não), foram bastante acirradas. Domingo será possível saber como começa o novo momento da Prefeitura de Fortaleza.

Folgada?

A vitória folgada mais recente que houve em Fortaleza foi a reeleição de Luizianne Lins (PT). Foi a última definição em primeiro turno. Então foi tranquila, certo? Sim, com um porém. Luizianne precisava de 50% dos votos mais um. Teve 50,16%. Não houve segundo turno por 3.836 votos. Foi a cota de emoção. Se tem segundo turno, o jogo recomeça.

A última eleição sem emoção

A primeira eleição de Luizianne, em 2004, não chegou a ser apertada. Ele passou para o segundo turno atrás de Moroni Torgan, mas venceu por 56,21% contra 43,79%.

A reeleição de Juraci Magalhães, em 2002, foi por margem sem grande folga: 53,97% contra 46,03% de Inácio Arruda (PCdoB).

A última vez que houve uma eleição em Fortaleza realmente sem competitividade alguma e desprovida de emoção foi no século passado, em 1996, quando Juraci Magalhães se elegeu. Ele voltava à Prefeitura após uma primeira passagem entre 1990 e 1992, quando era vice de Ciro Gomes e assumiu o cargo quando o titular renunciou para concorrer, e se eleger, governador. Juraci teve impressionantes 63,25% dos votos. O segundo colocado, Inácio Arruda, alcançou 18,18%.

De lá para cá, não é que essa eleição está equilibrada. Eleições em Fortaleza são assim mesmo. Vencerá, arrisco-me a dizer, quem conseguir mais votos neste fim de semana.

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