Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Talvez nenhuma indicação, por isso, chame mais atenção que a do vereador Márcio Martins, para a Regional 10. Ele é filiado ao União Brasil, ligado a Capitão Wagner. No segundo turno, fez campanha para André Fernandes (PL) contra Evandro.
Também merece destaque o espaço do PSD. Já tem a vice-prefeita, Gabriella Aguiar. Ela assume a Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social. Há ainda o chefe de gabinete, o vereador Eudes Bringel, indicação mais de Evandro que do partido. Ainda assim, é alguém do partido, e abre vaga na bancada na Câmara.
Há ainda o secretário da Proteção Animal, Apollo Vicz, vereador que abre mais uma vaga na Câmara. Ainda há o suplente de vereador, Adams Gomes, na Regional 12. Pode ser para contemplar mais o pai dele, ex-deputado estadual Tin Gomes (PDT). Mas é mais um espaço da sigla.
Só fica atrás do PT, que tem o secretário de Governo, Júnior Castro. Certo, é recém-filiado, e ligado fundamentalmente a Evandro. A secretária das Mulheres, Fátima Bandeira, é ligada ao deputado federal José Guimarães, assim como Antônio Alves Filho, o Conin, presidente do PT Ceará e secretário da Regional 1.
O titular da Habitafor, Jonas Dezidoro, é próximo ao deputado federal José Airton Cirilo (PT). Outro que chegou ao PT recentemente foi o vereador Júlio Brizzi, secretário da Juventude. Para a Regional 5 foi Jovanil Oliveira, que já exerceu mandato de vereador.
Além, é claro, do próprio prefeito, outro neopetista.
O cenário de uma nova Sobral
Talvez a administração mais desafiadora entre as prefeituras do Ceará seja a de Oscar Rodrigues (União Brasil) em Sobral. Ele recebe um município que não conhece alternância de poder há 28 anos. Eu cubro política há mais de 20 anos e a primeira cobertura para a qual viajei foi em 2003, em Sobral. O prefeito era Cid Gomes. O grupo que se despediu já estava no poder. Eu nunca tinha visto, como profissional, outra força política à frente do Município. Muitos cidadãos de Sobral não viram outro grupo na Prefeitura desde que nasceram.
Por isso, é natural que haja batidas de cabeça, a falta de experiência pese. Quem tem experiência na Prefeitura de Sobral eram os aliados dos Ferreira Gomes. A oposição vai sofrer com isso mesmo.
Até porque foi um grupo que fez muito por Sobral e teve resultados para mostrar. Transformou o Município e o espaço que ocupa no Estado. Além disso, ao final de períodos longos de poder, normalmente há sinais de fadiga e marasmo. Não penso que isso tenha ocorrido em Sobral. Ivo Gomes (PSB) fez uma administração que dinamizou a Prefeitura e foi inovadora. A derrota, creio, passou pela força gradualmente acumulada pelos opositores e pelo desgaste do tempo de poder.
As pessoas querem mudança cedo ou tarde. Mas, para quem terá de realizar essa mudança, pode ser muito difícil. Essa tarefa será muito complicada.
Inclusive porque, como seria natural, o grupo Ferreira Gomes elegeu uma base forte na Câmara Municipal. O novo prefeito mostrou poder de atratividade e houve mudanças de lado. Mas, a maioria é instável.
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