Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
ITAMARATY atuou contra influência de Trump na OEA
O governo de Donald Trump enfrentou nesta segunda-feira, 10, uma derrota diplomática não desprezível, capitaneada pelo Brasil. A assembleia-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada em Washington, escolheu o ministro das Relações Exteriores do Suriname, Albert Ramdin, como secretário-geral da entidade. Nos últimos dez anos, a OEA teve um comando afinado com a Casa Branca. Caminhava para seguir assim. O favorito, com apoio do trumpismo, era o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano. Mas, na semana passada, o Brasil puxou a fila de países com governo de esquerda na América do Sul — Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai — que declararam apoio a Ramdin. No dia seguinte, Lezcano retirou-se da disputa.
“De forma abrupta e inexplicável, o Paraguai foi informado por países amigos da região, com quem compartilhamos um espaço e história comuns, que modificaram seu compromisso inicial com nosso país e decidiram não acompanhar finalmente a proposta do Paraguai”, protestou o presidente do Paraguai, Santiago Peña.
Cogitou-se que a Costa Rica apresentasse candidatura, em acordo com a Casa Branca, mas isso não ocorreu. Ramdin foi eleito por aclamação.
A assembleia-geral teve críticas à gestão que encerra o mandato na OEA, do uruguaio Luís Almagro. “(...) não raras vezes, tomou-se partido em disputas internas, gerando efeito contrário ao pretendido. A defesa da democracia, tema tão importante, não raro foi objeto de seletividade política. Com isso, a OEA perdeu legitimidade e relevância”, disse a chefe da delegação brasileira, embaixadora Maria Laura da Rocha.
Já o representante dos Estados Unidos, Michael Kozak, elogiou Almagro e disse que a OEA deve promover a democracia no continente. “Os Estados Unidos vão garantir que isso continue a ser assim”, disse, bem democrático.
Os governos progressistas temiam que os Estados Unidos usassem a OEA para disseminar a pauta conservadora. Há conflitos no horizonte.
O que o "Ceará três vezes mais forte" fará pelo governo Lula?
O mote da campanha de Elmano foi a parceria com o governo Lula. Isso sempre foi abordado do ponto de vista do que o Ceará tem a ganhar. Esta talvez seja a mais relevante oportunidade até aqui de o Estado dar contribuição para o plano federal. Afinal, dos fatores que minam o governo Lula, a inflação dos alimentos talvez seja o mais relevante hoje.
O rumo do União Brasil e de Roberto Pessoa
O prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (União Brasil), visitou O POVO na última sexta-feira, 7, em momento diferente na trajetória dele. Pela primeira vez não é oposição ao governador. Já brigou demais, ele diz. Entendeu-se até com Ciro Gomes (PDT), com quem brigou mais que com qualquer outro. Foi assim que ele conseguiu ser aliado tanto do governador quanto de Capitão Wagner (União Brasil). Mas, no ano que vem, só dá para ir para um lado. Wagner tenta articular um bloco de oposição. Pessoa não diz se irá aderir a um eventual bloco de oposição, nem se quer apoiar a reeleição de Elmano de Freitas (PT). Dependerá do cenário. E isso passa por Brasília.
“Tem que ver o que é o melhor para o partido na hora, tem que esperar. Como vai ser, por exemplo, se o Lula começar a derreter como está derretendo? O Elmano está morto. E tu sabes que todo mundo é oportunista. Os partidos são oportunistas. Quer apoiar quem pensa que vai ganhar. É buscar apoio, depois, se perder, vai para o governo. É assim, ninguém quer ir para oposição”, disse o prefeito. Política como ela é.
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