
Fernando Costa é sociólogo e publicitário
Fernando Costa é sociólogo e publicitário
Bastou um mês de Trump na Casa Branca para o mundo ficar um pouco mais cinzento. Mas, como nós estamos preparados para tudo, menos para tudo, com ele, não foi diferente. Caso contrário se chamaria Mickey e não Donald.
Assinou decretos como quem distribui autógrafos, óbvio que na sua grande maioria destinado a destruir os direitos das minorias.
Seu ódio, como todo extremista de direita, é focado no que ele elegeu como os inimigos da América grande, os imigrantes.
Assim como Hitler, ele escolheu um inimigo para unir seus seguidores.
De lá para cá, uma onda de deportações foram intensificadas. O que Biden fazia no varejo, Trump faz no atacado.
Latinos são os alvos preferenciais, principalmente brasileiros e mexicanos. Até agora, não se tem registro de argentinos sendo deportados, desconfio que deve ter uma “Governador Valadares” na Argentina, mas, por motivos mais que sabidos, nenhum avião com deportados aterrissou em Buenos Aires. O presidente Colombiano tentou uma reação e escreveu quase que um poema para Trump. Ele esqueceu que os fascistas detestam poesia e a resposta foi uma taxação de 25% sobre os produtos colombianos. Em tempo, 40% do café da Colômbia é exportado para os EUA.
Trump mede forças com os fracos para tentar assustar os fortes.
Como diz meu amigo Márcio Caetano: “Rússia e China só observam.”
A presença dos donos das cinco maiores big techs na festa de posse foi um sinal claro de que o novo governo ia apostar todos os seus likes no engajamento da opinião pública nos objetivos nada republicanos de Trump.
A inteligência artificial é o centro da disputa pela hegemonia da novíssima ordem mundial. Por isso, uma das primeiras medidas do novo governo foi anunciar um investimento de 500 bilhões de dólares em IA. Os chineses, que não são de rir, devem ter gargalhado quando souberam desse valor.
No dia 28 de janeiro, as empresas de tecnologia americanas perderam US$ 1 trilhão em valor de mercado. Um prejuízo causado por um investimento abaixo de míseros US$ 6 milhões. Enquanto Trump se preocupava com o TikTok, o DeepSeek chegou para destronar o ChatGPT.
Ele esqueceu que no boné que usa com os dizeres “Make America great again” tem, na parte de dentro, uma etiqueta escrito: “Made in China.”
Mas ele tem as armas e onde falta inteligência, normalmente, sobra força.
No mais, tenho sentido saudade. Saudade dos meus pais e, principalmente, alívio por eles não estarem vivendo estes tempos sombrios.
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