Editor Chefe de Esportes do O POVO; apresentador do Esportes do Povo no Canal FDR e nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN/CBN Cariri. Além de Comunicação, é formado em Direito
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Naquele 16 de junho, o Fortaleza era abalado por uma goleada contundente sofrida diante do Cuiabá, no Campeonato Brasileiro. Um 5 a 0 com atuação completamente incomum sob todos os pontos de vista: técnico, tático e, principalmente, comportamental.
Não por acaso, foram dois jogadores expulsos e uma desorganização em campo como nunca tinha ocorrido no tempo de Juan Pablo Vojvoda. Mas o que parecia desesperador, se transformou em algo muito marcante para o crescimento da equipe na temporada.
A revolta da torcida já explodia em todas as plataformas possíveis, quando Tinga, ainda no gramado, procurou a reportagem da TV. Corajoso e íntegro, declarou: "Em nome de todos os jogadores, eu, como capitão, quero pedir desculpas a toda nação tricolor pelo vexame. Nós poderíamos ter dado muito a mais. É uma vergonha. Temos um jogo difícil na quarta-feira (seria contra o Grêmio), conto com a presença do torcedor. Nesses momentos que vemos quem é torcedor. Nós vamos no doar e nos entregar. Eu assumo muito a responsabilidade desse jogo. O torcedor pode ir, vaiar, mas vai ver o empenho de todos os atletas", avisou.
A postura de Tinga era o início de uma reação transformadora no clube. Marcelo Paz, mantendo a postura serena em momentos difíceis, também se colocou em presença após a partida, condição de um gestor com total noção do que era preciso. Falou em coragem para se desculpar, destacando a união e a força do elenco, deixando evidente que a goleada seria lembrada para nunca mais ocorrer.
A partir daí, foi a vez da comissão técnica entrar em ação, cobrando do elenco com intensidade, mas na medida certa, marca do trabalho de Vojvoda. Os jogadores também tiveram postura extremamente relevante no processo e trabalharam na capacidade de reagir. O sentimento de vergonha era real, na proporção exata de que era preciso vencer o jogo seguinte de qualquer maneira. Ajudou o fato da tabela marcar o confronto contra o Grêmio para a quarta-feira seguinte, logo após o domingo do episódio em Cuiabá. E a vitória por 1 a 0, gol de Lucero, é encarada como uma das mais relevantes da temporada.
Outro ponto fundamental no processo de reação foi tentar entender a razão da goleada. Conversei com Marcelo Paz sobre esse ponto e, depois de alguns dias, o clube entendeu o motivo: o acúmulo de decisões que a equipe encarou a partir do mês de maio, incluindo partidas contra o Boca Juniors (Sula), Vasco (Copa do Brasil), Sport (Copa do Nordeste), Trinidense (Sula), Athletico-PR (Brasileirão) e finais da Copa do Nordeste, diante do CRB. Um cansaço físico e mental acumulado, que acabou por ficar concentrado em uma partida completamente fora da curva.
O Fortaleza disputou 11 jogos depois de perder para o Cuiabá por 5 a 0. De lá para cá foram oito vitórias, dois empates e apenas uma derrota. A equipe tem hoje a terceira melhor campanha da Série A. Uma conduta coletiva ressignificou uma derrota caótica.
1. Dos próximos quatro jogos do Fortaleza, três serão fora de casa (Cruzeiro, Rosário Central e Bragantino)
2. Vojvoda completará, contra o Cruzeiro, na segunda-feira que vem, 250 jogos comandando o Fortaleza
3. Média de público do Tricolor na Série A subiu para 24.801 por partida, a décima mais alta
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