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A argentinização que mudou o Fortaleza para muito melhor
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Editor Chefe de Esportes do O POVO; apresentador do Esportes do Povo no Canal FDR e nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN/CBN Cariri. Além de Comunicação, é formado em Direito

A argentinização que mudou o Fortaleza para muito melhor

A competência dos profissionais, independentemente de onde nasceram, é a grande responsável pelo sucesso de Vojvoda e companhia no Pici nesses quatro anos
Tipo Opinião
Meia Pochettino, zagueiro Cardona e atacante Lucero, em jogo do Fortaleza (Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC)
Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC Meia Pochettino, zagueiro Cardona e atacante Lucero, em jogo do Fortaleza

Intensidade é a palavra mais falada por Juan Pablo Vojvoda desde a chegada do argentino ao Fortaleza, em maio de 2021. Nenhuma outra representa tanto o espírito de trabalho do técnico e da sua comissão, também toda do país vizinho ao Brasil.

A intensidade, porém, está bastante longe de ser vista e sentida apenas nas partidas do Tricolor ou citadas nas entrevistas coletivas. Ela está presente em absolutamente todos os movimentos e estratégias, especialmente após a argentinização do clube, hoje também com sete atletas conterrâneos do treinador (Lucero, Brítez, Cardona, Machuca, Martínez, Mancuso e Pochettino).

A competência dos profissionais, independentemente de onde nasceram, é a grande responsável pelo sucesso de Vojvoda e companhia no Pici nesses quatro anos, mas algumas características do jeito argentino de encarar o futebol foram agregadas ao Fortaleza e fizeram o clube crescer no cenário regional, nacional e internacional.

A condução extremamente séria dos treinamentos, as cobranças firmes, a exigência do respeito total ao comando hierárquico e a forma intensa e apaixonada com que encaram o futebol, exigindo dos atletas entrega máxima física e comportamental nas partidas, fincam um estilo até então nunca visto na história do Fortaleza.

O torcedor, obviamente, comprou a ideia, tanto pelos resultados positivos, títulos e desempenho no período, mas também porque tem uma convicção plena: os insucessos ocorrem por problemas táticos e técnicos normais de um jogo de futebol, jamais por falta de vontade e de entrega em campo. O respeito ao escudo do clube é máximo. O respeito ao torcedor também.

O número que importa

Além de Vojvoda, de seus auxiliares e dos sete jogadores argentinos, o Fortaleza tem também outros dois atletas estrangeiros no elenco principal: o venezuelano Kervin e o chileno Kuscevic.

O confronto do Ceará diante do Novorizontino, na segunda-feira, ganhou contornos ainda mais decisivos para a busca do acesso. O adversário é o líder geral e o melhor visitante da competição, com 20 pontos ganho, tendo vencido seis jogos longe de seus domínios. É uma equipe que sabe atuar com pressão da torcida adversária.

O Ceará teve espetacular apoio da torcida na partida contra o Mirassol, e certamente milhares estarão no Castelão. O Alvinegro não tomou gol diante do CRB, com a dupla David Ricardo e Ramon Menezes na zaga, além de Richardson como volante marcador. Os três foram muito bem. É a oportunidade de Léo Condé manter a formação, que deu mais segurança e melhorou bastante as ações defensivas da equipe.

Mais 3!

1. Os 35 gols marcados pelo Ceará na Série B retratam uma média alta de 1,6 gol por jogo, a melhor do torneio

2. Outro ponto muito positivo no Alvinegro é o entrosamento de Aylon, Pulga e Saulo Mineiro. Léo Condé tem mantido o trio titular sempre que pode

3. Tomando por base que 65 pontos são suficientes para uma equipe subir para a Série A, faltam 33 para o Ceará, em 16 jogos. São 11 vitórias.

Foto do Fernando Graziani

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