
Editor Chefe de Esportes do O POVO; apresentador do Esportes do Povo no Canal FDR e nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN/CBN Cariri. Além de Comunicação, é formado em Direito
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De forma embrionária, a Comissão Nacional de Clubes começou a discutir a necessidade do fair play financeiro no Brasil. Faz bastante tempo que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem estudos sobre o cenário, com possíveis implementações de regras de gastos, mas como se trata de uma instituição omissa e que trabalha exclusivamente para o seu próprio lucro, jamais pelo coletivo, nada foi feito até agora.
Os dirigentes dos clubes, via de regra, também são omissos — no máximo falam, mas não agem nunca —, assim como em diversas outras questões igualmente relevantes, como a melhora do calendário do futebol brasileiro e profissionalização da arbitragem. Com a mudança recente de legislação e o surgimento das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) com muito dinheiro, não surpreende em nada a volta do tema. Quando o calo aperta, a gritaria começa, sempre em busca do levar vantagem em tudo.
Não será a CBF, entretanto, a capitã da discussão. A entidade vai deixar os dirigentes dos clubes tentarem chegar a um acordo. A primeira reunião ocorreu no início desta semana e contou com representantes de Fortaleza, Fluminense, São Paulo, Palmeiras, Vasco, Inter, Atlético-GO e Flamengo. O problema, portanto, está posto, mas a solução está extremamente distante para implementação em 2025.
O fato é que hoje a realidade é uma esculhambação total, seja para clubes que são SAF ou não. Entidades com dívidas bilionárias continuam contratando, fazendo novas dívidas e gastando muito mais na contratação de atletas do que apresentam de receitas. O dinheiro aparece sem qualquer explicação. A imposição de regras que tornem a competição mais justa, equilibrada e sustentável é crucial e está extremamente atrasada no Brasil, como quase tudo.
Vou usar dois clubes como exemplo. Por mais que tenham receitas e gastos diferentes, dentro da próprias capacidades, Fortaleza e Flamengo têm gestões excelentes. Gastam o que podem, controlam receitas e despesas dentro de suas possibilidades econômicas, cuidam de seus índices de endividamento com responsabilidade, mas estão em competições contra clubes que não são sustentáveis, devem fortunas e gastam com salários astronômicos de atletas. Como garantir competitividade, equilíbrio e integridade sem um bom plano de fair play financeiro? Impossível.
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