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Ceará e um marco do acesso: o estilo Condé
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Editor Chefe de Esportes do O POVO; apresentador do Esportes do Povo no Canal FDR e nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN/CBN Cariri. Além de Comunicação, é formado em Direito

Ceará e um marco do acesso: o estilo Condé

Sereno, educado e discreto, Condé foi bem recebido pelo grupo, principalmente por sua gestão profissional baseada na meritocracia
Tipo Opinião
Léo Condé comandou o Ceará por 25 jogos na Série B, com 14 vitórias (Foto: Lucas Emanuel/FCF)
Foto: Lucas Emanuel/FCF Léo Condé comandou o Ceará por 25 jogos na Série B, com 14 vitórias

Quando Vágner Mancini foi dispensado do comando do Ceará no final de junho deste ano e Léo Condé foi contratado em seu lugar, não restaram grandes dúvidas de que a decisão era acertada, considerando o momento vivido pelo time. Condé era um treinador com um histórico recente de três acessos nacionais a divisões superiores nos últimos seis anos, incluindo a conquista de levar o Vitória à Série A na temporada passada.

Não era possível prever como o trabalho seria conduzido, mas o sucesso alcançado com o acesso do Ceará neste domingo deixou claro: o estilo de Condé fez toda a diferença. A seguir, explico os principais motivos para tal êxito.

Logo de início, ficou claro que a parte tática era um dos principais focos de Condé. Ao contrário de Mancini, que mantinha uma rotina de treinos praticamente inalterada, Condé priorizava treinamentos táticos, ajustando continuamente as movimentações e repetindo exercícios quando necessário, demonstrando um vasto repertório.

Sereno, educado e discreto, Condé foi bem recebido pelo grupo, principalmente por sua gestão profissional baseada na meritocracia. Embora não tenha o estilo "paizão", demonstrou equilíbrio e um bom relacionamento com os jogadores, ouvindo sua comissão técnica, especialmente o auxiliar Renatinho, e não centralizando as decisões.

Condé também manteve poucas alterações na escalação titular para favorecer o entrosamento, mas fez mudanças significativas, como a saída do zagueiro Matheus Felipe e do volante De Lucca, para dar espaço a João Pedro Tchoca e Richardson, que corresponderam bem. Outro ponto relevante: diversos jogadores evoluíram sob seu comando, como Aylon, Saulo Mineiro, Mugni e David Ricardo. O acesso não foi por acaso.

O número que importa

Nas 11 rodadas finais da Série B, o Ceará conquistou 75% dos pontos, campanha incrível de recuperação. Antes da sequência, a coluna analisou que era preciso campanha bem acima da média para o acesso e foi o que ocorreu: oito vitórias, um empate e apenas duas derrotas.

O Fortaleza segue com objetivos extremamente importantes nesta terça, contra o Flamengo, com o Castelão lotado. O título ficou mais difícil — está nas mãos do Palmeiras —, mas o Tricolor quer garantir fase de grupos da Libertadores o quanto antes, manter a invencibilidade como mandante — além de melhor desempenho em casa do torneio — e aumentar seus recordes de campanha com mais pontos de sua história e de um clube nordestino no regulamento de pontos corridos. É muita coisa.

Vojvoda terá pela frente uma equipe comandada por Filipe Luís pela primeira vez e o Flamengo melhorou muito com o "jovem" ex-lateral esquerdo, mas o Tricolor tem que ser protagonista das ações ofensivas e saber que o aproveitamento das chances, mais do que nunca, será essencial.

Mais 3!

1. Fortaleza e Flamengo possuem desempenhos muito parecidos na Série A. O Tricolor tem 64 pontos e o time do Rio tem 62. Ambos ganharam 18 vezes.

2. O saldo de também é idêntico, 15. O Fortaleza tomou quatro tentos a menos (34 a 38) e o Flamengo marcou quatro gols a mais (53 a 49).

3. Nos cinco jogos mais recentes entre eles, três vitórias do Fortaleza e duas do Flamengo.

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