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O Clássico-Rei que não vale nada, mas vale muito (parte II)
Foto de Fernando Graziani
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Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito

O Clássico-Rei que não vale nada, mas vale muito (parte II)

Ambos estão em início de temporada, mas Fortaleza conta com entrosamento de trabalho antigo, enquanto Ceará lida com um elenco em reconstrução. O equilíbrio, porém, é sempre a tônica do dérbi
Clássico-Rei é o maior teste 
de fogo para os elencos até agora (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Clássico-Rei é o maior teste de fogo para os elencos até agora

Apesar de não ter nenhuma relevância para o campeonato (na coluna de ontem já comentei sobre o regulamento e a ausência de qualquer vantagem técnica para o vencedor), o Clássico-Rei deste sábado, o primeiro de 2025 (serão no mínimo três e no máximo nove), guarda muitos duelos em campo e também fora dele, especialmente no que diz respeito ao planejamento dos treinadores.

Juan Pablo Vojvoda e Léo Condé lideram as comissões técnicas com extremo profissionalismo. Tudo que foi treinado, trabalhado e jogado nas seis partidas disputadas por ambos na temporada será colocado à prova, na Arena Castelão.

Vencer um Clássico-Rei, ainda que não seja decisivo, é bem mais do que uma conquista esportiva. É uma afirmação de domínio e confiança, com um simbolismo forte de rivalidade histórica e da luta perene pela supremacia no futebol cearense. O impacto para o torcedor é enorme, tanto pela alegria ou tristeza do resultado, como por ser um confronto referencial para os próximos compromissos.

Há uma diferença clara de momento de construção das equipes. O Fortaleza manteve boa parte do elenco, enquanto o Ceará mudou mais da metade do plantel. O Tricolor tem entrosamento, enquanto o Alvinegro busca uma identidade. São cenários bem díspares e justamente por isso vale mais prestar atenção ao desempenho coletivo, funções táticas executadas pelos setores, capacidade de resolver problemas em campo e na forma de jogar. O placar não será determinante para conclusões épicas ou desastrosas.

Ceará ostenta invencibilidade de cinco jogos

Há uma invencibilidade do Ceará no Clássico-Rei. Há cinco partidas que o Alvinegro não perde. São quatro empates e uma vitória. Nos 10 encontros mais recentes entre os rivais, são quatro vitórias do Ceará, duas do Fortaleza e quatro empates.

Outro ponto sempre interessante de observar nos Clássicos-Rei é a forma que os atletas, individualmente, vão suportar o peso da pressão, durante e depois da partida. Há os que crescem, se colocando em presença, mas há aqueles que se omitem, impactados pelo tamanho do jogo.

Converso bastante com técnicos, jogadores e dirigentes. Nada é mais importante num pós clássico do que a confiança e o trabalho emocional, tanto nas críticas, como nos elogios. Absorver as atuações, nos erros e acertos, com maturidade, é indicativo de sucesso para qualquer sequência.

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Mais sobre o Clássico-Rei!

1. Estou bem intrigado com as escalações iniciais de Ceará e Fortaleza para amanhã. Foram muitos jogadores utilizados até agora e há aspectos físicos envolvidos. Não dá para cravar os 11 iniciais.

2. Curiosamente, os dois sistemas defensivos guardam as maiores dúvidas, tanto individualmente, como no aspecto tático. Vai ser bom observar quem serão as apostas dos técnicos. Em 2025, ambos atuaram sempre numa linha de quatro, sem experimentar três zagueiros.

3. Muito bom que Fortaleza e Ceará tenham novo patrocínio, a Giga Fibra. A não divulgação dos valores, entretanto, tira do torcedor a convivência com a transparência necessária dos clubes de futebol.

 

Foto do Fernando Graziani

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