Técnico mais importante da história do Fortaleza, Juan Pablo Vojvoda tem tido um 2025 difícil, especialmente na demora para identificar uma escalação base para a equipe render melhor. O próprio treinador revelou após a insucesso contra o CRB, nesta quarta-feira, que está em tal busca, mas não tem tido sucesso, ao menos após as 16 partidas realizadas na temporada (a campanha tem oito vitórias, dois empates e seis derrotas).

O trabalho do argentino tem como pilar alternar as escalações com bastante frequência e não há problema nenhum nesse estilo. Foi assim que o Fortaleza brilhou em diversos campeonatos sob seu comando desde 2021. O caso de agora, entretanto, é o excesso de mudanças que estão ocorrendo, não em função de revezamento físico ou desgastes outros, mas por dúvida real de rendimento. 

O cenário ficou mais evidente quando Vojvoda, do primeiro para o segundo jogo da final do Campeonato Cearense, contra o Ceará, mudou cinco atletas. E já tinham sido sete mudanças da segunda semifinal contra o Ferroviário para o confronto inicial contra o Alvinegro. É um retrato evidente de dúvidas extremamente agudas. 

O fato é que, hoje, a comissão técnica do Fortaleza não sabe qual a melhor formação para o time. Em campo, o que se vê são atuações desorganizadas e todos os setores em campo com problemas de funcionamentos coletivos e individuais. Não são apenas os resultados ruins, mas o desempenho está bastante aquém de um elenco que foi mantido de 2024 para 2025 e conseguiu a quarta colocação na Série A, em campanha marcante de 68 pontos.

O que se apresenta agora são desafios ainda mais complicados porque o nível técnico dos adversários será bem maior. Os dois próximos adversários, por exemplo, serão Fluminense e Racing-ARG, pelo Campeonato Brasileiro e pela Libertadores, respectivamente. Apenas uma mudança extremamente rápida será capaz de produzir bons resultados.