Logo O POVO+
Palavras que matam
Foto de Gal Kury
clique para exibir bio do colunista

Professora em MBAs de Marketing do IBMEC Business School e da Unifor. Consultora na Gal Kury Marketing & Branding.

Gal Kury opinião

Palavras que matam

Quando alguém reposta ou compartilha algo sem saber do que se trata, ou encaminha mensagens no WhatsApp sem verificar a veracidade, acaba alimentando uma rede furiosa de desinformação, ignorando a situação de quem está no Rio Grande do Sul sem nem ter água potável ou que perdeu tudo
Tipo Opinião
Pablo Marçal (PRTB) é considerado um dos maiores propagadores de fake news sobre as enchentes no RS (Foto: RODILEI MORAIS/ESTADÃO CONTEÚDO)
Foto: RODILEI MORAIS/ESTADÃO CONTEÚDO Pablo Marçal (PRTB) é considerado um dos maiores propagadores de fake news sobre as enchentes no RS

Todos nós estamos assistindo atônitos os dramáticos eventos no Rio Grande do Sul e ao mesmo tempo presenciando uma corrente poderosa de solidariedade. Cada um dando o que pode. Alguns doam R$10,00, outros R$ 1.000,00, R$ 50.000,00. Muitos doando o seu tempo e seu prestígio, angariando atenção e recursos junto aos seus milhares e até milhões de seguidores. O que importa é ajudar.

Mas o inacreditável é ver como diante de uma tragédia sem precedentes na história do Brasil, uma onda de fake news tenta obstruir os esforços e a ajuda que chegam de todo o país. A Advocacia-Geral da União inclusive já está entrando com vários processos contra indivíduos cujo objetivo é usar as redes sociais para propagar mentiras e desunião, o que se opõe diretamente à corrente de solidariedade. Eles minam a credibilidade dos trabalhos realizados e frequentemente criam narrativas falsas para desestabilizar e desacreditar o governo e as pessoas que estão ajudando.

Isso nos faz pensar: será que essas pessoas estão a favor do Brasil, ou seus interesses pessoais são mais importantes que a vida dos outros, e o progresso do país? Quando alguém reposta ou compartilha algo sem saber do que se trata, ou encaminha mensagens no WhatsApp sem verificar a veracidade, acaba alimentando essa rede furiosa de desinformação, ignorando a situação de quem está no Rio Grande do Sul sem nem ter água potável ou que perdeu tudo. Uma junção de crueldade e falta de empatia, usando seu poder de disseminar informação para prejudicar, ao invés de ajudar.

Essa rede maléfica e abjeta de desinformação é cuidadosamente planejada. Com método, e pessoas estrategicamente pensando em como disseminá-la. Além de ser impulsionada por vastos recursos financeiros. É inconcebível como algumas pessoas priorizam suas visões políticas e interesses pessoais ao tentar desestabilizar o bem que está sendo feito. Precisamos refletir e evitar repostar mensagens aleatórias sem verificar sua veracidade. Vamos nos unir em uma corrente do bem cujo objetivo não é o indivíduo, mas sim todos nós. Juntos. A favor da vida.

 

Foto do Gal Kury

Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?