
Professora em MBAs de Marketing do IBMEC Business School e da Unifor. Consultora na Gal Kury Marketing & Branding.
Professora em MBAs de Marketing do IBMEC Business School e da Unifor. Consultora na Gal Kury Marketing & Branding.
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Semana passada vários canais jornalísticos e de comunicação virtuais, além de redes sociais, divulgaram vídeos e fotos de dezenas de pessoas correndo na rua, saindo de seus carros, parando tudo, simplesmente para fotografar, filmar e admirar um carro avaliado em R$ 40 milhões, um Bugatti Chiron, com apenas 500 unidades produzidas em todo o mundo, rodando nas ruas de São Paulo.
Durante seu passeio, com uma tradicional parada em um posto da Avenida Europa, o colecionador, conhecido por Júnior, saiu do carro para tirar fotos com os car spotters. A coleção de Junior é a única no mundo a reunir o trio Ferrari LaFerrari, McLaren P1 e Porsche 918 Spyder, somando mais de R$ 100 milhões de valor estimado.
Sua conta no Instagram conta com 192 mil seguidores e mostra fotos e vídeos do Júnior sempre de capacete espelhado que não deixa visível seu rosto confraternizado e tirando selfies com as pessoas embasbacados com seus carros.
Fui descobrir então que car spotters são entusiastas de automóveis que se dedicam a encontrar, fotografar e registrar carros raros, exóticos, ou de luxo em locais públicos. Eles costumam compartilhar suas fotos e vídeos em redes sociais, fóruns, e comunidades online dedicadas a carros.
Cabe uma reflexão de porque as pessoas desenvolvem uma fascinação por hobbies específicos, seja tecnologia e design - como carros -, natureza - observação de pássaros por exemplo - ou história - coleção de selos.
Trazendo satisfação emocional, excitação da busca e descoberta e um senso de propósito, engajar-se em hobbies traz oportunidades de interação social, construindo amizades e comunidades em torno de interesses compartilhados. Há também um grande senso de realização e satisfação em dominar um tópico ou habilidade e mostrar para suas redes e amigos que você entende daquele assunto. E neste escapismo a procura de uma conquista aleatória, seja uma foto de um Bugatti, um selo raro ou ouvir o canto de um pássaro recluso, as pessoas criam seus microuniversos particulares.
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