Como a saída de Augusta e a entrada de Janaína mexem com o cenário eleitoral
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.
Como a saída de Augusta e a entrada de Janaína mexem com o cenário eleitoral
Alçada ao comando da Articulação Política do governo de Elmano de Freitas, Augusta reforça o núcleo camilista no coração do Abolição
Foto: Arquivo Pessoal
Augusta Brito
A troca de guarda no Senado Federal, com a saída de Augusta Brito e a chegada de Janaína Farias ao exercício do mandato, vai além do mero cumprimento de script.
Ambas petistas e suplentes do titular Camilo Santana, ministro da Educação, Augusta e Janaína desempenham papéis importantes nas estratégias do ex-governador no Ceará.
Alçada ao comando da Articulação Política do governo de Elmano de Freitas, Augusta reforça o núcleo camilista no coração do Abolição, ocupando um posto antes sob a batuta de Waldemir Catanho, escalado para concorrer à Prefeitura de Caucaia.
Catanho, como se sabe, é quadro estreitamente vinculado à ex-prefeita e deputada federal Luizianne Lins (PT), pretendente ao Paço Municipal e uma adversária declarada de Camilo nas disputas internas do partido.
Esse movimento, então, consolida o controle do ministro em relação ao centro decisório do Governo do Estado, cuja Casa Civil já era alinhada a Camilo, além de outros setores da administração.
Essa ampliação de espaços do ministro no Executivo estadual se dá sem perda de protagonismo no Senado, já que Janaína, até então chefe da assessoria especial do MEC, é nome de confiança do senador licenciado.
No Legislativo, ela tem outra missão ainda mais relevante pela frente: cacifar-se como pré-candidata à Prefeitura de Crateús, com as bênçãos do ministro.
Resumo da ópera: numa tacada só, Camilo conseguiu liberar cadeiras para uma aliada no Governo e para outra no Congresso, além de afastar um articulador de peso (Catanho) que vinha se posicionando cada vez mais enfaticamente a favor da candidatura de Luizianne à sucessão de José Sarto (PDT), disputa na qual o ministro também já tem nome: Evandro Leitão.
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