O que levou Lucinildo Frota a deixar a Regional 5 logo depois de assumir
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
O que levou Lucinildo Frota a deixar a Regional 5 logo depois de assumir
Lucinildo tomou posse no cargo na segunda, 8, e foi exonerado na quarta, 10, inaugurando uma "gestão-relâmpago" no Paço
Deputado estadual e pré-candidato à Prefeitura de Maracanaú, Lucinildo Frota (PDT) deixou o comando da Regional 5 apenas 48 horas depois de ter assumido o posto.
Ex-PMN, o parlamentar tomou posse no cargo na segunda, 8, e foi exonerado na quarta, 10, inaugurando uma “gestão-relâmpago” no Paço. Seu nome chegou a ser anunciado pelo prefeito José Sarto (PDT) como parte de um pacote de mudanças para otimizar o governo a seis meses da eleição.
Oficialmente, o deputado pedetista fez saber que sua exoneração se deveu a uma decisão política negociada com Sarto, fruto de ponderação sobre a necessidade de retomar as articulações para cuidar da pré-campanha no município da Região Metropolitana – na cidade, Frota deve enfrentar o atual prefeito e pré-candidato à reeleição Roberto Pessoa (União), de quem já foi aliado, mas hoje é adversário.
Ao O POVO, mais de uma fonte narrou em reserva que Frota havia sido pressionado por suas bases para que se dedicasse unicamente à pré-campanha eleitoral.
A coluna apurou, contudo, que a razão para a saída do deputado da Regional 5 foi outra: ele não teria se licenciado do mandato na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) antes de aceitar o trabalho na administração municipal.
Procurada, a Alece confirmou a informação. Segundo a assessoria do Legislativo, o deputado de fato não se afastou a tempo do mandato para desempenhar a nova função.
Houve, porém, mais um impeditivo: quem ficaria no lugar do titular em caso de licença.
Um interlocutor relatou que o deputado operava para que o segundo suplente fosse alçado ao mandato, mas o primeiro opôs resistência, inviabilizando a costura e retardando o desfecho da contenda.
Tanto essa dificuldade quanto a falta de consenso sobre quem seria titular acabaram por atrasar o afastamento do exercício parlamentar na Alece, para onde o deputado retornou após cumprir somente dois dias como secretário.
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