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Deputada confirma que Lira acionou a PF e Polícia Legislativa no caso das câmeras
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Deputada confirma que Lira acionou a PF e Polícia Legislativa no caso das câmeras

Com a entrada da PF, "a deputada se sentiu mais segura, porque agora vamos abrir outra porta de investigação
DAYANY Bittencourt, deputada federal, encontrou câmeras em apartamento (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados DAYANY Bittencourt, deputada federal, encontrou câmeras em apartamento

A deputada federal Dayany Bittencourt (União Brasil-CE), por meio de assessoria, confirmou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acionou a PF e a Polícia Legislativa para atuarem no caso das câmeras.

Segundo ela, a intenção é que investigações complementares apurem se um sistema de câmeras, em funcionamento no apartamento da parlamentar em agosto de 2023, chegou a captar alguma imagem da cearense.

À época, Dayany residia em um flat do hotel Golden Tulip, em Brasília. Ela permaneceu no imóvel alugado entre 21 de agosto e 28 do mesmo mês. Foi nesse período que assessores da deputada localizaram os dispositivos, que estavam escondidos em equipamentos nos cômodos, tais como lâmpada e alarme de incêndio.

Uma das câmeras, por exemplo, estava voltada para o banheiro. Outra, para a cama.

Ainda de acordo com a assessoria da deputada, Lira telefonou para Dayany ontem pela manhã, logo depois de ter sido informado do ocorrido. Além da PF, ele teria colocado a Polícia Legislativa à disposição.

Com a entrada da PF, “a deputada se sentiu mais segura, porque agora vamos abrir outra porta de investigação”.

Casada com o ex-deputado federal Capitão Wagner (União), a congressista tem criticado o andamento dos trabalhos levados a cabo pela Polícia Civil do Distrito Federal.

Em inquérito que tramita na 5ª DP de Brasília, agentes responsáveis pela perícia técnica concluíram em relatório preliminar que não havia indícios de registro de imagens da deputada feitas pela rede de câmeras naquele intervalo de agosto.

No mesmo documento, porém, os policiais ressalvaram que não seria possível determinar se eventuais fotografias ou vídeos da parlamentar teriam sido armazenados em outros suportes ou mesmo acessados por algum sistema remoto.

Delegado responsável pelo caso, Bruno Dias Galvão Cavalcanti, em despacho de 8 de abril último, determinou urgência no processo, "tendo em vista a sensibilidade do caso e devido às pessoas envolvidas".

No curso do inquérito, dois suspeitos foram identificados e ouvidos, um dos quais proprietário do aparamento. Ele negou que tivesse gravado ou monitorado a deputada.

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